Sonhos
Quando penso em comprar coisas, nunca me vêem à cabeça livros, embora os adore, mas sim roupas: parece que sempre mudo de estilo, ainda que sutilmente, nada à la camaleão; estou mais pra mimetismo de cobra, me escondendo daqui e dali. O exterior é o que posso, o que alcanço. E o que alcanço, nesse momento de vício de internet e sem ela boa em casa, é a lan house: espaço dos faces, orkuts, espaço de conversar com a pessoa do lado através do msn. Não quero me alienar. Gosto da dor da vida. Absurdo? Pois é, sempre fui assim e isso me dá um certo orgulho retardado de ser eu, ainda que na dor. Acostumei? Provavelmente. Pior de tudo é que sinto a dor dos outros, sem brincadeira, apesar da minha inércia: recentemente fui assistir a defesa de monografia de uma amiga e acordei antes das 7, sendo q a defesa seria às 8. Acordei nervosa, como se fosse minha a defesa. Meu coração palpitava pelo caminho, e encontrei minha amiga tão plácida que me enervei mais ainda. Desse jeito. Ontem minha a...