Coisas irresolvíveis
renatomoraes.blogspot.com Tinha o teatro, as férias. Tinha tudo e mais um pouco, só não tinha dinheiro, essencial. Tinha os destinos: Ouro Preto, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis. Pra onde ir? O que fazer? Como se resolver? Onde estava a ajuda, além da divina, sempre lá? Aí tinham as reações do corpo: sonolência excessiva, coceiras, vermelhidão, a gata que arranhou, dores nas juntas, tudo. Aquela dor de dentro nem contava, já fazia parte de si. Depois vinham as dores psicológicas: o peso na consciência, mal-estar, raiva, trsiteza, sensações infindamente torturantes e angustiantes, para as quais não há muita escapatória. O que fazer? Pedir perdão ou antes perdoar a si mesma? Havi o corpo, o externo do corpo, ainda: vestir-se bem, ficar bonita, era bonita, pra que, pra quem? Não ligava a mínima, queria era ser mais inteligente, sagaz, perspicaz, queria saber todas as opiniões, ler todos os livros, fazer artigos, teses e dissertações, mostrar o cérebro antes do corp...