Para o caçula
foto "roubartilhada" do senhor IMMS Eu tinha oito anos, aliás, faria em outubro de 1991. Era maio quando ele chegou. Pequenino, a maior parte do tempo de azul e dormindo. Tinha cabelos avermelhados, todos acharam que seria ruivo, mas durou pouco o fogo-cor dos cabelos; ficou na personalidade o entusiasmo, o ânimo, a simpatia desde bem pequenino. Éramos irmãos mais do que sangue, eu era a companheirinha, a cuidadora depois da mamãe. Ele vinha no meu colo, dormia no meu colo, vivíamos assim bem perto. Hoje, já não tão perto, acompanho-o ainda graças à tecnologia facebookiana. Já não ouço sua voz, não vejo seu sorriso, não sei por onde anda, com quem, que segredos tem. Agora pai, eu agora mãe, seguimos nossos caminhos assim tão separados, assim ainda tão juntos pelas lembranças que ninguém há de apagar. Certos percalços na vida separam... a gente não mede bem as palavras, age por impulso, vacila... tudo, no fundo, por amor. Em nome desse amor, seu moço, te desejo...