A volta de Ulysses

Penélope ouvira noticias. Tivera esperanças. Mas nenhum sinal Ulysses dava. "Não acredito que ele fará tal ultraje comigo!". O ultraje de não aparecer sendo que dissera que ia aparecer. Pois bem. Penélope vestiu-se e já ia passear pela cidade. Tomara um banho. Seus cabelos ainda molhados desciam pelos ombros, davam-lhe ar jovial e sedutor. E ela bem sabia disso. De repente, mais uma vez olhando pela janela na direção que Ulysses um dia retornaria e súbito, o viu. Ulysses. Era ele mesmo.
Ulysses.
Ulysses.
Ulysses.

Ela foi ao seu encontro e o beijou no rosto, abraçou. Ele estava meio sem jeito. "Vamos entrar logo que está muito frio!" ela disse. Penélope estava com uma blusinha fina, estava mesmo com frio. Subiram para o aposento. Trocaram mais algumas palavras. Penélope estava sentada, distante, esperava por ele, Ulysses. Ulysses. Vinte anos depois e...lá estava ele e ela, como se nada houvesse acontecido. Ele aproxima-se, então. Acaricia os cabelos e o rosto dela, que o olha com carinho. Ela levanta-se. Um beijo tímido, seguido de outro intenso, pois ao se tocarem, os lábios simplesmente não se resistem depois de tanta espera, tantos desencontros. Sim, ele estava extremamente atrasado. Alguma coisa mudara entre eles...para melhor. Ele fugiria novamente? ela ainda pensava...mas não...o coração dele talvez já estivesse assentado novamente. Novos beijos, intensos. Abraços, carícias. As roupas pelo chão e, quando se deu conta, Penélope estava novamente em sua cama, mas não soznha nem nos braços de Morfeu; não dormiria essaa noite. Desfrutava do prazer de ter Ulysses novamente entre suas... seus lençóis. Uma vez, algumas vezes, várias vezes. Penélope desejava que não houvesse ninguém ao redor, pois estava extasiada e não se conteria em suas demonstrações sonoras de prazer. Não se conteve, e ele a incentivava: "meu prazer é ver você sentindo prazer!". E como ela sentia. E Ulysses provava todas as partes do corpo dela, encantado com o que via, extasiado pela visão. Ela se sentia mulher, muito mulher, mulher dele nakela hora, só dele.

Após a cama, largaram-se nos braços um do outro, abraçados, bem agarrados, fazendo carinhos um no outro. Ela levanta-se por um momento. Ao voltar, ele está de pé, vestindo-se. "Tenho que ir" ele diz. Mas não antes sem mil beijos e abraços. Ele se vai, novamente. "Voltarás?" Penélope indaga. Ulysses balança a cabeça afirmativamente. Ela prefere acreditar e não marcar hora nenhuma, para nao ficar esperando demais caso ele se atrase.

O atraso, dessa vez, veio na hora certa. isto é, o atrasado chegou na hora certa, inda que atrasado. Obrigada, Ulysses, Penélope pensa ao vê-lo partir. "Obrigada".

Comentários

Sofia de Buteco disse…
E o cigarro?? kkkkkkkkk

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