Tragédia familiar no 11 de setembro
grandma, no meio de algumas mulheres da familia |
Me peguei pensando hoje de manhã, logo após receber a noticia através de uma mensagem de celular, quem será o proximo na familia. O pai de minha mãe morreu aos 40 e poucos, e ela mal se lembra dele. Meus antecessores vivem no máximo até uns 80 anos. Minha avó materna iria completar 80 no ano em que se foi. Fico pensando quem será o proximo da familia, como eu vou morrer, com quantos anos, etc. Se eu estiver feito minha avó, cercada dos filhos e netos - só meu pai que não mora perto dela - acho que morrerei numa boa hora, terei cumprido uma missão. Só não deu tempo de dar a minha avó a bisneta com o nome dela, Lídia. Lembro do dia em que ela soube disso, olhou para mim com os olhos marejados, e nem falou nada. Perdão, vó. Eu vou para os meus 28 anos, não tenho sequer um namorado. Não deu tempo...
Meu pai completou 52 na última sexta, 09/09/59. Eu, aqui de longe, ainda não sei como ele está, se foi para o Rio, se ficou, se está bem ou mal. Deve estar mal, à seu modo, mas deve estar.
Eu estava no enterro da minha outra vó, há uns 6 anos. Eu queria estar no outro agora. penso qual seria a sensação: seria a mesma, a de que eu estava num filme, e que aquela nao era realmente a minha avó, que depois de alguém dizer corta! ela levantaria e tudo estaria bem de novo? não sei, mas foi tudo isso que eu senti lá... a morte é uma coisa estranha.
Ouvi uma musica talvez nada a ver tamém hj de manhã... só uma frase me chamou atenção: if I could fall into the sky... (A thousand miles - Vanessa Carlton). Essa vai pra minha vó... ela fell into the sky hoje. E eu acabei de por os pés no chão. Goodbye, grandma...
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