"Há tantas formas de se ver o mesmo quadro..."

Abaporu. Tarsila do Amaral.



Amo esse quadro. Aliás, amo a obra de Tarsila, uma mulher também passada pra trás pelo safado e mulherengo Oswald de Andrade - a despeito de seu valor literário.

Posso ver esse quadro como uma mulher triste e pensativa, que chega aos 28 não muito segura de si... uma mulher q foi largada por seus ex por ser muito grudenta, termo repetidamente usado e enfatizado por um atual futuro ex, ou caso-mal-resolvido...

Ou posso ver como uma mulher ainda se situando - por isso os membros disformes, a cabeça, a razão, muito pequena; sim é uma mulher...

Posso vê-lo como a representação do ser humano, sempre repensando as coisas, repensando e pensando a si mesmo. Se busando, enfim. Buscando-se, mais gramaticalmente correto...

Posso ver o quadro conforme os meus olhos. E, se assim é, porque outras pessoas me confirmariam o que vejo ou o que não vejo? E por que todos, menos eu, veriam o quadro de uma mesma forma, uma única forma?

Não me con-formo. Bye.

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