Diamantes


Nasci evangélica, não cega. Aliás, acho que ninguém nasce nada... por algum motivo, temos pré-disposições para certos tipos de doença e comportamento, e vamos sendo moldados pelo meio, pelos pais, amiguinhos, colegas, professores, amores, desilusões. As piores e melhores lembranças sempre ficam, se revezando. Vão e vem. Ficam, são parte de nós. Rose, com seus quase cem anos de idade, chorou contando sua história de amor com Jack. Ah, se meu choro fosse porque meu amor morreu, mas não... às vezes o choro é bem pelo contrário...

Loucura. "Ilha do medo" filme de Dicaprio com Mark Ruffalo, dirigido por Scorcese, bom. Não sei de onde vem a homossexualidade, mas não cometerei a loucura de ser conivente com a matança de pessoas que escolheram esse caminho. Porque é escolha, consciente ou não. E não sei onde está a sanidade e a loucura em cada um de nós. Atuar é loucura. Eu atuo. Logo, sou louca. Na peça, eu vou fumar, enlouquecer, cantar descompassadamente e tomar um tapa. São duas cenas que faço, já decorei as falas de uma delas. Falo de loucura porque às vezes sinto que posso estar imaginando tudo, a minha vida toda como uma grande farsa que imagino. Que criativa e masoquista seria eu!

Nós sempre tiramos fotos, eu me irrito, quero mais, mais da vida, dele, dEle, de tudo... Aí fazemos dois meses, vou pra casa dele, tudo fica em paralelo, minha vida em suspenso, estou no mundo dele, nele. Brincamos na cama, no sofá, rimos, choramos e nos zangamos, fazemos planos mirabolantes, não sei o que vai ser...

E você, tá "olhando-lendo" o quê? Gente doida...

Texto doido...

Que nem diamante que sou: precisa de ser lapidado.

E as feições de Leonardo DiCaprio continuam tenaz e suavemente perfeitas, sem contar aquele azul dos olhos.

Noite, como dizem os caipiras. 

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