Códigos
Há tempos penso em escrever sobre senhas, os códigos que aparecem antes de postarmos comentários em blogs e alguns sites. mas não sei o que escrever direito. Tenho lido, por conta da prova do master degree, que a palavra traz à existência o que não existe - dã, só agora o homem contemporâneo foi se dar conta de uma coisa que está escrita há séculos?? - e a iniciativa de quem a enuncia pode ser recebida na forma de estranhamento e rejeição, tal como Freud cunhou o termo inconsciente... E o que isso tem a ver com senhas, códigos de segurança? Não sei, mas me parece que não são coisas tão alheias assim porque têm o objetivo de provar que o ser que está na frente da tela é humano, homo sapiens. Sim, porque já me deparei com o seguinte: Prove que vc não é um robô. Digite o código abaixo. Ou ainda: prove que vc é real, prove que você é humano, etc etc.
Humano, real, robô. Essas coisas fazem sentido? Sim, no nosso contexto atual tem um determinado sentido aceito, não são palavras desconhecidas ou novas. E mesmo que causem estranhamento, achá-la-emos em dicionários. O que está lá nos basta, mas o sentido, o significado, o meaning pode ser revertido em outro... Acho que estou tentando resumir ou somatizar, canalizar, sei lá, o que li, aliás, o que estou lendo sobre a palavra. É interessante como na minha vida o círculo que se adentra em caracol sempre tem o início encontrando-se com o fim: a lista de homologações de inscrição no mestrado me trouxe lembranças e coisas. UFV, Viçosa, alojamento, Letras, palavras, poesia e eu fui para a Linguistica... ouso dizer que sou Literatura, mas não sei estudar-me, estudá-la. E posso estar falando as maiores besteiras aqui, sem embasamento científico. Mas esse espaço é isso, é meu: eu posso.
Ontem teve prática na disciplina de laboratório de revisão de textos... pensei no meu papel enquanto revisora - de textos e da vida - devo somente apontar os erros ou reescrever tudo? Como posso reescrever sem mudar todo o sentido do que o autor quis dizer? Como sei o que ele quis dizer? Estou sempre fazendo análise do meu discurso, do que enunciei ou do que deixei de enunciar, de falar, expressar, dizer. Palavra, essa sou eu. Mas ando esquecendo das minhas, falta-me inspiração, não escrevo (poesia) há tempos... e vem aí um concurso em que quero me inscrever... Inspiração, vem!
Bye, com gosto de frango que eu fiz hoje :)
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