De Almas
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Você
nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia,
mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento.
Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades...
nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle. Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as
fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Não reclame, nem se faça de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
(Chico Xavier)
Questiono tal texto. Achei bonito, traz um conforto e um conformismo positivo. É espírita, mas nem é por isso. O que me chamou atenção foi, claro, o aspecto financeiro: ultimamente estou muito ligada nisso. Não creio que eu tenha os recursos financeiros coerentes com minhas necessidades. Ou então estou morando ou trabalhando nos lugares errados, o que também é possível. Vida errada? Sei lá...
Às vezes me fecho. Hoje aconteceram duas situações, aliás, acho que três, confrontadoras e constrangedoras para mim. Peguei empréstimo com um parente, o que já é constrangedor, e este me passou um sermão: que não posso ser assim e assado, que afasto as pessoas... lembrei de outra situação em que o mesmo parente me confrontou de maneira mais dura e as lágrimas me vieram aos olhos, mas relevei, já que hoje, e na maioria das vezes eu estava em situação "inferior". Depois, indo pela universidade a fim de resolver algumas coisas, vi um gato entrar debaixo de um carro. Imediatamente, peguei papel e caneta e escrevi um recado ao dono do veículo avisando que o bichano estava ali, o que causou stress com o namo. Mas aí a dona do carro estava ali e achou que eu estava fazendo sei lá o quê no carro dela, veio grosseiramente me perguntar - dá pra entender, dada a situação - eu expliquei e ela saiu meio que rindo de mim. Depois o gato saiu, ela não viu e provavelmente, quando saiu com o carro, verificou tudo pra ver se eu não havia realmente roubado nem danificado nada. Meu parente e a dona do carro são igualmente grosseiros. E o namo não me entende muito, mas com ele me entendo, apesar dos pesares. Com ele, a terceira situação. Ele fica nervoso comigo, fala, fala atéeeeee e aperta muito a minha mão quando está nervoso. Quase massacra. Mas me acompanha sempre, me cobra. Me traz pão de manhã, me leva no trabalho, me... ama? Acho que sim.
Chorei. Se não estivesse acompanhada, pararia na grama ali ao lado e choraria tudo. Me questiono por que sou assim e por que me tratam assim. A desconhecida, vá lá... Mas os mais próximos... não sei, me fecho. Não cumprimento, dificilmente falo até mesmo o que é necessário e básico. Daí tem situações que me obrigam a agir, a falar. E quando penso em tudo que já passei, até consigo sorrir. Venci tanta coisa, venci! Santo é o nome do meu Deus, a força que infelizmente o meu parente não tem. Há de ter, amém.
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