Com 30
Tema da festinha de um ano da Lídia: Faniquita!
Não me sinto com 30 anos. Mas o que é se sentir com trinta? Se sentir velha, acabada, sem disposição, cansada, vestir roupas mais caras/sóbrias, ser chata, ter estabilidade financeira, etc, etc? Não sei, algumas dessas coisas se aplicam a mim, mas me sinto com 30 depois de vinte e não com trinta próximo de quarenta. Ainda uso jeans e.. peraí, como assim ainda? Quando eu era mais nova sempre achei que existissem roupas próprias pra cada idade. Sim, isso existe, existe o bom senso, mas nada me impede de usar jeans e camiseta all life long. Pois bem, uso. Ainda gosto de caixinhas com coisinhas dentro, de ovo de Páscoa, de presentes e surpresas de aniversário, de tênis, de doces, de ganhar coisas, de ser romântica, etc, coisas muitas vezes tidas como de jovens, de adolescentes, sei lá. A cobrança por ser mãe é maior, ou junta-se à de ter 30. Só porque sou mãe de primeira viagem muita gente parece julgar que não cuido be da minha pequena, aí querem dar pitaco em todos os aspectos da vidinha dela e, se ela espirra ou chora muito é porque alguma coisa estou fazendo de errado, ou deixando de fazer algo a mais. Chatice... Ela está com um probleminha de pele, mas o médico já falou que é genético. Claro que tem algumas medidas a serem tomadas e estou sempre fazendo o melhor por ela, mas quem tá de fora, quem é da família, mais velho, com filhos, quer sempre dar sugestões - imposições na verdade. Eu simplesmente não ouço. Só ouço três vozes nesse mundo: a de Deus, meu pai, a da minha intuição e a do pediatra, ponto.
Uma coisa que anda me chateando é que ninguém entende que não estou procurando mais trabalho porque quero ficar mais com a minha pequena. Estou trabalhando sim com menos turmas porque acabo de voltar de licença-maternidade e acho até melhor assim. Posso e quero conseguir mais turmas, trabalhar em outros lugares, tentar concurso ( já to cansada, mas vamos lá...), mestrado, sei lá, mas não agora. Aí vêm me sugerir uma vaga aqui, um emprego acolá, e creche!! Nunca!! Lídia está muito nova para creche e, se eu posso ficar mais em casa com ela, ainda que financeiramente apertadíssima, porque não ficar? E se o papai conseguiu um emprego de folguista, trabalhando somente nos finais de semana, porque não permanecer nele e me ajudar durante a semana com a bebê? Estamos e somos pobres sim, vivemos no aperto, mas temos uma filhinha que precisa da nossa presença, ao menos até o final desse primeiro aninho dela. É isso que pensamos, que queremos. Mas por causa do nosso aperto financeiro constante, pensamos em outras possibilidades agora que ela fará seis meses. Não confio em babás nem em creches, se tiver que colocá-la, vai ser difícil.
Ainda me chateio com coisas pequenas, ainda passo vontades, choro, e tenho sonhos bobos. E ainda quero chocolate amanhã. Bye.
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