A fase do não
Lídia tem me dito muito não ultimamente. E haja paciência para lidar com isso! Uma mulher que trabalha, tem casa, marido e uma filhinha pequena realmente tem problemas com ser paciente. Tudo que envolve ser uma boa mãe fica ameaçado quando não se pode dedicar-se à criança integralmente. E toda mãe tem, de dois, um dos sonhos: poder dedicar-se integralmente ao seu rebento ou sair para trabalhar sem sentir-se culpada. O primeiro ainda é possível de conseguir para algumas afortunadas; já o segundo... Bem vinda ao mundo da maternidade!
Bom, os nãos da Lídia só não são mais problemáticos porque sua alegria impera e nos contagia. Ainda bem que já estou de "férias" (duas semaninhas de julho) e posso acompanhar melhor a pequena com toda sua cantoria, obra da escolinha e dos videos da galinha pintadinha. Além da galinácea, no menu temos Peppa Pig, O show da Luna, Mundo Disney e por aí vai. Na festa da família na escolinha, a professora bem que tentou fazer os pequenos falarem os versos de um poema arduamente ensaiado por um mês, mas em vão. Ao chegar em casa, Lídia recitou-o todo para mim, com direito a encenação, gestos e tudo mais:
"Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão (abrindo os bracinhos largamente)
guardo papai no bolso (faz com as mãos um gesto de guardar algo no bolsinho de lado da calça)

Tem como não morrer de ternura e paixão? Agarro bastante ela nessa hora, dou-lhe beijos, abraços. Vê-la crescer é incrível, assim como o cansaço no fim do dia. Não sei se ser mãe pode ser dividido em prós e contras, mas é tudo beeem equilibrado nesse sentido.
Tenho tido dúvidas se estou fazendo o certo, ou o melhor ara minha filha. É difícil sentir bem e segura quando se vê outras mães alimentando melhor e mais saudavelmente os filhos, comprando mais apetrechos, estimulando mais, saindo mais com os pequenos. Mas, como disse alguém numa frase que li hoje, "não compare a sua vida com a dos outros". Aí está um ótimo conselho. Boa noite!
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