Do egoísmo nosso de cada dia
Tentei por um tempo fazer amigos, angariar amores. Imagina, tentar fazer com que te amem, com que alguém se apaixone por ti! Mas o que eu tentava era me fazer interessante, ter algum atrativo. Enfim. Não valeu pelos amores, mas pelos amigos sim, porém como impera em mim a dificuldade da comunicação, tive os amigos, mas perdi-os quase todos. A dificuldade é manter, como quando na escola: tinha-os enquanto estudava, depois perdia o contato. Mas como disse no inicio tentei, e acabei por desistir. Não das pessoas e não por achar que não preciso de ninguém, mas por me conhecer e aceitar assim, fazer o que. Comodismo? Talvez. Mas cansaço também por lutar contra uma natureza simplesmente solitária, a minha. Poderia discorrer a lot sobre isso, mas por hora, é isso que quero dizer, e o que quero com essa justificativa toda é simplesmente me entender. Já tive pretensões de muitos seguidores, comentários, perguntas, etc., porém vi que não é tão fácil assim ser uma celebridade na web. Não serei. Quero antes que leiam os meus escritos poemáticos no Recanto das Letras, que mantenham ou não contato porque eu não posso exigir aquilo que não dou aos outros, lei da semeadura, lei da reciprocidade.
Tentei as amizades até em meio aos alunos, porém sem muito sucesso: não se pode confiar muito em adolescentes. Ainda estou no início dessa caminhada docente e, sabe, toda hora penso em sair... e tantas possibilidades vêm à cabeça que acabo ficando, procurando contornar as coisas daqui e dali. A decisão mais urgente foi não dar tanta importância ao fato de os alunos não te darem tanta importância assim ou à matéria. Not my fault.
Comodismo pode ser, porém creio que estou enraizada nas minhas maneiras de fazer as coisas de meu próprio jeito, não confiando que outros o possam fazer melhor ou tão bom quanto eu. Tenho meu mundo. Todos temos.
Psicologia, bacharelado em Letras, mestrado. Outro emprego. Outro país, quiçá. Bye!
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