Óh Pátria Amada!
É necessário que façamos o mesmo a vida toda para sermos considerados pessoas equilibradas, felizes e saudáveis?
Estou ficando acostumada às ocorrências na escola, dentro e fora de sala.
Fala-se novamente na copa, e os mesmos brasileiros que viram aquela ascendente seleção brasileira se tornar uma decadente seleção que descaradamente vendeu o título da copa para a concorrente, vão se enfeitar novamente. Vão se vestir de verde e amarelo novamente. Vão pintar seus rostos novamente. Vão aos estádios novamente para torcer pela sombra do que um dia foi o verdadeiro futebol, o futebol sem contratos milionários e vendas de pessoas. Depois, tem eleições e nos esqueceremos novamente de quem presta (existe alguém?) e quem não presta, quem tem ficha limpa e quem não tem, ou talvez nos lembremos e votemos naqueles que roubam mas fazem, pois ruim com ele, pior sem ele, não é, Brasil?
Luciano Huck e Jair Bolsonaro, hein? Que beleza!
Com a Copa, evento tão importante para a sociedade brasileira, também abafaremos e nos esqueceremos do casos de racismo, impunidade, homofobia, feminicídios, homicídios, latrocínios e tantas outras mazelas que ocorrem todos os dias em nosso país, afinal, precisamos de uma folga, não é mesmo? Vamos pausar e torcer para a seleção!! Mas não vamos pausar apra celebrar o nascimento de Cristo. Pausamos, coincidentemente na época decretada como seu nascimento só para fazer um banquete e comer como nunca. Brigaremos em família e levaremos mais mágoas na viagem de volta.
O Brasil merece o que tem.
Por outro lado... aparece cada vez mais a verdade de que temos que cuidar de nós mesmos e dos nossos filhos. Urgência de mudar o mundo e ainda, ainda, e sempre ter esperança e fazer o que podemos, quando pudermos, onde pudermos.
É preciso saber desistir também, e seguir outros caminhos. Ou, ainda no mesmo caminho, procurar novas vertentes, novos temas. Renovar-se é a necessidade que nos vai na alma, assim como a alta capacidade de se acomodar. De esquecer. De ignorar. De escolher.
Bye!
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