Story of my life



Nunca senti que tenho sorte.

Sinto que talvez se algumas coisas que parecem coincidências, não tivessem me acontecido, aliás, me encontrado, não seria quem sou. 

As coisas me encontram. pessoas? Dificilmente...

Quando a minha vida deu um grande salto pela primeira vez, o marco foi a morte de minha avó Cecília. tentando entender minha trajetória, porque não sabemos onde pode ser a próxima curva para baixo... A partida de minha avó levou a São Paulo meu tio, nem a tempo do velório, mas fez-se presença lá. Aproveitou a estadia de apenas um dia para chamar-me a famigerada Universidade Federal de Viçosa. Tinha lá meus 22 anos. Fiz inscrição o vestibular, nada de ser chamada... No ano seguinte, novamente lá fui, fiz prova no Anglo da Liberdade e ... vigésimo lugar!! Fui para a nunca-ouvi-falar-Viçosa. A cidade que mais me trouxe alegria me devolveu um coração retalhado, escaldado, cheio de cicatrizes nada boas, mas aprendizados. E a dona poderosa UFV me cuspiu pra fora sem eira nem beira. Cinco anos. Queria estar estudando ainda, o momento é único. A formatura, as incertezas. A cidade que é um ovo e te faz encarar quem você não quer (ou que não te quer!!). A única certeza era sair, nem sabia pra onde. Tinha lá meus 27, calejada, velha pro mundo, voltei pra Ele de fato. Por dar as mãos a Eele, o segundo par de mãos que vieram foram de meu futuro marido, Bruno. Foi uma coisa despretensiosa e que pensei finalmente! Mas tudo foi rapidamente evoluindo. 

Lídia.

Eu fazia ainda caminhadas e algo no meu corpo me dizia que tudo estava diferente. Estava de legging e camiseta quando passei aquela manhã na médica que confirmou o toda mulher já sabe quando desconfia: havia vida em mim, outra vida crescendo. Chorei. Mandei mensagem para o futuro papai e quando nos encontramos, agiu naturalmente. He's the one, so. 

A vida seguiu seu curo natural. Tinha lá meus 30 anos. E a minha vida agora tem 4.

Onde foi que parei?
Como continuar?
O que fazer?
Como evoluir?

Algumas coisas se quebraram por dentro. Uns planos nunca realizados, alguns sim, mas não do jeito sonhado e planejado. 

Se deixar levar pelo curso da vida é assim: você não manda em nada.

Nunca deixei de ser adolescente.

As coisas que prendem são coisas que geralmente desejamos. Mas não desejamos que nos prendam, pelo contrário, desejamos que com elas tenhamos a sonhada felicidade e liberdade. Duas utopias, na verdade. E ficamos tão cansados que acomodamo-nos.

Acomodação nunca traz sorte.

Sorte para você! 

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