Diga não!
As escolas estaduais estão pegando fogo! E no meio disso tudo, temos que dar um aulão, verificando em qual/is matéria/s os alunos tem mais defasagem. Todas! Todas, pois as salas estão cheias e silêncio não há. Ensino de qualidade não conseguimos oferecer por n motivos, quais sejam, salas lotadas, alunos analfabetos funcionais, falta de estrutura familiar, falta de suporte material e humano, etc etc etc. Aí de repente, vamos fazer voltar as salas fundidas e fud$#@s também. Volta professor, mexe no horário. Em meio a tudo isso, mechemos também com o horário, as salas e o psicológico dos alunos e dos professores. Vi colegas saindo chorando da escola, outros sumiram simplesmente, outros preferem pedir mudança. Acabamos por afundar alunos, aqueles que estavam por um fio, salvamos alguns, enfim. Ser professor é tarefa non grata. Mas é tarefa essencial à sociedade, para crescimento, educação, acesso, cultura, tudo. Não sei se é justo, bom ou mau para a escola concentrar todo esse tipo de trabalho, mas é o que acontece.
A coisa toda tá tão confusa que a luta acaba se instalando também entre colegas. Vota pra parar, decide não parar, vota de novo, dessa vez pára e trocamos farpas. Nenhuma luta tem 100% de adesão, mas a união e o respeito são essenciais. É duro quando a direção do lugar lava as mãos. Mas a luta não pára e nem pode.
Às vezes penso que saber muito dá mais problema do que a ignorância, mas to vendo atualmente que não, pois a ignorância pode chegar ao poder e com ela, o caos em um país. O presidente declarou a plenos pulmões, ainda em campanha se bem me lembro, que não abriria mão dos privilégios a que tinha direito por lei. Com essa afirmação somente, já deveria ter ganhado a antipatia de todo o país, e o que surpreende é que não, que subiu ao poder. Creio que esse fenômeno tenha a ver com a visão comum que muitos brasileiros tem do poder público: quero chegar lá em cima não para mudar algo, mas para ganhar o meu e tirar tanto proveito quanto puder. A luta, em sua essência, é contra essa mentalidade.
Coluna de quinta.
Agradeço a leitura.
Bye.
A coisa toda tá tão confusa que a luta acaba se instalando também entre colegas. Vota pra parar, decide não parar, vota de novo, dessa vez pára e trocamos farpas. Nenhuma luta tem 100% de adesão, mas a união e o respeito são essenciais. É duro quando a direção do lugar lava as mãos. Mas a luta não pára e nem pode.
Às vezes penso que saber muito dá mais problema do que a ignorância, mas to vendo atualmente que não, pois a ignorância pode chegar ao poder e com ela, o caos em um país. O presidente declarou a plenos pulmões, ainda em campanha se bem me lembro, que não abriria mão dos privilégios a que tinha direito por lei. Com essa afirmação somente, já deveria ter ganhado a antipatia de todo o país, e o que surpreende é que não, que subiu ao poder. Creio que esse fenômeno tenha a ver com a visão comum que muitos brasileiros tem do poder público: quero chegar lá em cima não para mudar algo, mas para ganhar o meu e tirar tanto proveito quanto puder. A luta, em sua essência, é contra essa mentalidade.
Coluna de quinta.
Agradeço a leitura.
Bye.
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