Como lidar com a morte?
Não sei. Já respondo logo a pergunta-título dessa postagem pois trata-se apenas de reflexão e talvez alguma opinião própria, e não uma resposta definitiva e geral. Pois tenho observado que a minha verdade pode não ser a sua, e vice-versa: o que funciona pra mim pode não funcionar pra tu, e isso vale, ironicamente, para (quase?) tudo na vida.
Pois bem. Me peguei pensando nessa questã esses dias, quando um incômodo cutâneo me fez relembrar alguns dias que passei internada no hospital, há bem uns dez anos. Fiquei cerca de dez dias lá, e senti como se fossem dez meses! Como sempre, fui pesquisar sobre meus sintomas e me deparei com a palavra morte, dentre outras que levam a ela: fatal, irreversível, etc.
Somos frágeis e tão fortes at the same time!
Um tiro mata uma pessoa, mas uma pessoa sobrevive a uma barra de ferro atravessada em seu crânio: não há como saber o que vai acontecer quando algo atinge seu corpo, se vai ficar na superficialidade ou vai atingir a ligação entre corpo e alma. Concluí, pensando, que devemos ter uma preparação para a morte: pensar nela, pensar que vamos enfrentá-la. Mas preparar como?
Me preparar para a minha finitude?
Para a do outro?
Preparar os outros para minha partida - parentes, amigos, família?
Preparar o que e para que?
Entram aí questões de fé, ou mesmo a ausência dela, pós-morte, etc. Eu creio que devo me preparar para aceitar a morte e ficar calma e serena em relação a ela. Porém, ela pode vir do nada, num acidente e, talvez por isso seja importante e necessário pensar nela de vez em quando. Esse pensar não me deprime nem nada, pelo contrário, encarar qualquer coisa que nos dê medo parece nos fortalecer, por mais difícil que seja. Enquanto penso e escrevo aqui, vou tecendo minhas conclusões ou ao menos ponderações a respeito. A beleza da vida é essa, pensar, construir, reconstruir, andar, mudar o rumo, manter o foco, desfocar, focar de novo; movimentar-se - a si e o mundo.
to be continued... (maybe).
Bye.
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