You can't eat your cake and have it too

Review | Manhunt: Unabomber ⋆ Dinastia Geek

Faz radical frio nesse meu Belo Horizonte. Terminei de assistir a nova série na Netflix, aliás, nem sei se é nova, é de 2017, mas só agora vi na Netflix e gosto particularmente de séries policiais. Algumas eu deixei de lado por estarem se tornando chats ou por muita coisa acontecendo, ou por quase nada mudando nos episódios. Duas que larguei, talvez volte a ver: Blindspot (coisa demais) e Mindhunter (coisa demais e demorada demais, ou de menos, nem sei mais, começou a ficar massante). 

Parênteses: um filme excelente que vi outro dia é "A caverna". As atuações não são lá essas coisas, mas a história é bem construída, a ideia é boa, pena que acaba com a promessa de continuar. Se a intenção for realmente continuar, beleza, mas se não for, essa foi uma falha do filme. Como a série da qual eu falava no início: Manhunt: Unabomber.

h Terminei de assisti-la, não sei se continua, se a Netflix ainda vai comprar os capítulos, anyway, terminou com a condenação de Ted Kaczynski a prisão perpétua, depois que ele se declara culpado dos crimes com bomba. A série ficcional baseada em fatos reais me suscitou a curiosidade de saber mais sobre a história, sobretudo por causa da questão da Linguística forense. A partir das análises da escrita do manifesto do Unabomber - leia o manifesto traduzido aqui - o perfilador James Fitzgerald chegou o irmão de Ted, que lhe entregou cartas que foram analisadas comparativamente ao manifesto e pronto. Ao menos na série, Ted foi pego por utilizar uma expressão na ordem original, "eat your cake and have it too" dentre outras em que ele usava ortografia, digamos, peculiar. 

Eu entendi o ponto de vista de Ted, entendi seu furor, seu erro foi "só" as bombas que preparava e enviava pelo correio aleatoriamente, ou seja, o objetivo nem era matar apesar de que obviamente ele sabia que isso iria acontecer, mas chamar a atenção para seu trabalho, suas ideias. Quem sabe tinha a ingênua crença de que se conhecessem suas ideias e ideais, o mundo repensaria o sistema em que está inserido, mudaria o rumo das coisas, e ele seria respeitado, algo assim. Ele poderia ter sido apenas um cara com ideias controversas, mas foi longe demais. 

Por conta da linguística forense, entrei em contato com um colega para comentar sobre. Nem sempre a reação das pessoas a você e suas ideias é o que você espera, que o diga Kaczynski.

Tive uns três sonhos nas ultimas semanas dos quais eu lembro, e isso é bem estranho, um deles com uma old friend.  Eu nunca mais tive amigos do jeito que já tive um dia... Tive vontade de escrever para Ted, talvez para Fitzgerald também, principalmente para saber o que significava a sigla FC que Ted colocava me todas a s bombas. Fiquei esperando que a série me explicasse, não sei se perdi algum momento em que falaram disso, mas já achei na internet. Freedom Club. Um clube a que alguns acham pertencer, todos aspiram e ninguém pertence. Ted pertence a ele? Parece que ele acredita que sim. 

Enfim. Uma série muito boa, bem feita, bem produzida com o mérito de ser baseada em fatos reais e nos fazer pensar. 

Sábado. Bye!

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