Nenhum ano é novo


"Can you feel your heart begin to race?"

Cá estamos, 2022. dessa ves não vou prometer escrever mais aqui, apesar de que sempre sinto essa vontade. Sinto muitas vontades no final e início de anos, mas não gosto de prometer nada. Ninguém vai saber (a não ser que leia aqui, caso eu exponha) mas se eu não cumpro, é uma traição contra mim mesma. Enfim. 

Só coloquei no Projeto de Vida da Igreja (Ano de Prosseguir) que quero a vontade dEle. Que sejamos, eu seja, um/a com Ele, esse é o grande mistério que devemos buscar, ao menos sinto que eu devo. Essas palavras me fizeram lembrar da Oração de Jesus por seus discípulos, que pode ser lida AQUI

Tenho passado os dias entre tarefas domésticas, vídeos de TikTok (assistindo e produzindo), vídeos no Kwai, stories do instagram, lettering, alguma leitura bíblica, e anotações cuidadosas no caderninho lindo que comprei para ser um planner. Ontem tomei a dose de reforço para covid-19 da Pfiser, e também a da gripe. No Natal passado em Viçosa, gripei, fis o teste para covid, que deu negativo, e o médico disse que a vacina não é para essa gripe nova aí, uma variante. Ainda assim, tomei e estou aqui com os braços doloridos, menos do que ontem, e a cabeça pesada. Fala duas ou três palavras e começo a tossir, garganta irritada. Até terça, choveu todos os dias aqui em Beagá. Ontem deu uma trégua, hoje o sol apareceu, mas a chuva já fez estragos por aqui nas Minas. 

Não sei o que há de novo em um ano. Qualquer um. Não há. 

Comecei a rabiscar um livro, uma ficção. Já fis isso trocentas vezes, sempre uma história nova que nunca vai pra frente, mas o ímpeto da escrita não me deixa. O primeiro poema do ano está no caderninho lindo e a coisa que passa na minha cabeça no momento e que não quero que vire ou seja promessa é, uffa, vou dizer, publicar meu livro, um livro. Meu livro. Um dos. O primeiro deles. Ah, eu disse. Isso é como um peso que carrego a vida toda, um orgulho e um fardo. Eu escrevo. Eu escrevo. Eu não me rotulo. Eu cortei 90% de carne do meu cardápio e não me chamo de vegetariana, não me intitulo nem flexitariana (alguém flexível que come o que tem disponível, costumo fazer isso). Eu escrevo poemas e não me chamo de poetisa (detesto a palavra, prefiro poeta). venho publicando e lendo poemas no Recanto das Letras (veja AQUI meu perfil). Talvez eu publique por lá.

Este ano trabalharei o dobro, me canso só de pensar e falar nisso. Sempre ficava meio constrangida de dizer que "só" trabalhava em um escola, era um luxo talvez que as pessoas e eu achava a que não podia me submeter. Uma renda a mais, trabalho a mais, não há outro caminho para o "cidadão de bem". Ou para o pobre mesmo, no meu caso. 

Nenhum  dos anos é realmente novo, são só pausas e festas e trabalho, nossa vida é isso. Bye! 

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