Diário dos dez dias - dia 3
Acabo de assistir Morbius e até gostei, apesar de ter ouvido críticas ruins do filme. Gosto desses ditos antiheróis (menos Dead Pool). Mas é estranho que um cientista não perceba as consequências de seus atos, no caso, a mistura de dna humano e animal, que só nos filmes "dá certo". Tem um monte de enroscos no caminho, mas por fim, ele sobrevive e segue seu caminho, nem céu nem inferno, apenas seu caminho, tal qual um jack-oh-lantern.
Tem um monte de enroscos no meu caminho.
Eu estava acompanhando a Semana Vinícius de Morais, mas ontem não consegui acompanhar, desisti. Não ganhei nenhum dos dois livros que foram sorteados pelo professor que está ministrando as aulas - @profrodrigobarreto no instagram, recomendo. Desanimei. estou me permitindo desanimar esses dias. estava lavando vasilhas, como se diz aqui em MG, e lembrei que sempre tive essa tristeza, foi como uma lembrança, uma constatação de coisa que eu já sabia e vinha tentando deixar de lado, ou ao menos não demonstrar a ninguém. Escondemos nossas fraquezas, não é mesmo? Mas as minhas estão começando a aparecer e não sei se estou preocupada com a opinião alheia. Essa coisa toda nem é surpresa para mim, já que me conheço bem. Tão bem que é provável que volte a engolir os sapos, os medos, os demônios e voltar a responder "tudo bem!" a pergunta mais idiota do universo: "Tudo bem com você?"
Ôh pergunta besta! Como alguém pode não estar mentindo ao dizer que TUDO está bem? Tem certeza, tudo? Loucura. Odeio essa pergunta. A pergunta menos besta seria how are you? (como você está?).
O livro que mencionei é Talvez você deva conversar com alguém. O título me chamou a atenção, a capa amarela. Talvez eu saiba que devo, mas não consigo falar. Falo por essas linhas. Sempre foi assim que falei, escrevendo.
E por que raios estou assistindo agora À favorita??
Dia 3 registrado e comentado. Câmbio e desligo.
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