50 poemas


Hoje vi um post de uma pessoa dizendo que sempre entre março e bril sente uma angustia, aperto no peito e pensa em tirar a própria vida. Achei pesado e triste. Fui ver quem era e, apesr de ser amiga de rede social, não a reconheci. Será ex-luna? Talvez. 

Depois vem minha irmã falar que ficou preocupada com uma postagem minha, ela só esqueceu de dizer em que rede social. Ah, se ela visse esse blog! Escrevo cada coisa aqui, ali, acolá. São "só" palavras. Que dizem muito, mas não tudo. Minha família me desconhece, de vez em quando falam uma coisinha aqui e ali baseado em seus julgamentos através de rede social, mas isso não vale né. Me desconhecem. A maioria das pessoas ignora o fato de eu ter uma carreira literária de trinta anos já. Tudo bem, eu mesma ri ao pensar, ler e escrever isso, mas é verdade. Carreira não reconhecida nem admirada, mas enfim. escrevo porque é parte de mim. E tudo isso dói.

Esqueci de falar dessa dor com o psicólogo hoje. Ou será que já falei dela? Acho que não. Falo sempre de cansaço pela profissão, de ter feito concurso para outra área, citei meu marido (foi a primeira vez? nunca falo dele ou do meu casamento, assunto desconfortável), falei que, inda que eu estar largando a profissão, acredito que o professor deve passar esperança aos alunos, etc. Vou anotar para falar da dor Uma dorzinha lá no fundo que me acompanhou desde sempre, a distimia que acredito ter. 

Ah, falei de sonhos, ao que o psicólogo retrucou: "São sonhos bem pé no chão né, bem fáceis de realizar!". Não respondi como queria, como sempre. Mas se tivesse pensando bem, diria: "Claro, bem fáceis para quem tem acesso, dinheiro, contatos, amigos! Não tenho nenhuma dessas coisas!" (só estou raivosa agora, mas na hora estranhei o tom dele, meio que menosprezando os dois sonhos que citei. 

(Dei uma pausa aqui para ver o arroz que eu sabia que estava queimando, mas não quis interromper o fluxo de escrita aqui. Não consigo ouvir a minha intuição a tempo de evitar queimar o arroz, por exemplo. Como desenvolvê-la?)

Falei pro psi que só faltava isso, um dos sonhos: já plantei árvore e tive uma filha. Quanto ao outro sonho, um trauma, não sei se consigo mais ir atrás dele. 

Vou participar de um concurso de poesia, que publicará uma obra completa do vencedor, com 50 poemas, distribuídos em vários países. Já juntei uns quarenta, só falta organizar. Tenho até dez de abril. Será minha chance? Dizem para não duvidar quando se quer algo, mas se depender disso, jamais vou alcançar as coisas sempre duvido. 

E eu chorei com Avatar - the way of water. Tão ficção, tã real, tão homo sapiens. Bye. 


Comentários

Lucia disse…
Você só não é famosa porque não quer.

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