Corpo, alma, espírito
Falava com o marido hoje sobre decência. Que a grande parte das pessoas carece a decência, sobretudo as que tem acesso a poder e dinheiro. Que as leis deveriam ser aplicadas a qualquer um, sem distinção. Não sei se é prerrogativa de aplicação de leis, mas deveria.
A humanidade deveria tanta coisa, mas...já sabemos.
E eu, doente, não consigo me desvencilhar da decência, da justiça, do estar consciente. Disso, nada me adianta, nada me volta financeiramente, continuo tal e qual sempre fui e parece que sempre serei, pobre, e graças a Deus. Porque se for para abusar de poder, achar que posso fazer o que quero quando quero e com quem quero, prefiro continuar pobre, sem abuso e com decência. Decência! Decência que falta à sociedade brasileira. E comecei a falar de tal assunto porque vi na tv, fazendo comercial, um jogador que recentemente traiu a esposa e a amante está grávida. Esse tipo de coisa deveria ter influência negativa para ele, mas não, quanto mais escândalo um jogador se envolve, parece que da mais ibope, e melhor.
BBB, futebol, funk, influenciadores digitais: cadê a decência? Tudo é por diversão, a vida tem que ser leve, tem que isso, aquilo... ai, ranço.
Após uma semana, continuo doente. O tal refluxo me arregaçou a garganta, tudo dói, já há nove dias, até hoje, domingo. Uma conjuntivite se untou a tudo. Como não consegui dormir, fomos para a UPA, lá tomei duas medicações na veia e ainda aguardo melhorar, porém ultimamente tem sido tudo mais lento e mais difícil, somando-se a isso o fator psicológico. Na sexta dia 14 eu estava a caminho da escola, porém a garganta doía muito e cheguei a ficar sem ar por uns instantes. Parei na rua, parei por pensar em encarar uma sala de aula daquele jeito, ainda quase sem voz. Uma moça me conduziu ao hospital, espero vê-la novamente para agradecer direito. O tratamento que recebemos em hospitais, UPAs, postos de saúde continua bem distante do dito "humanizado".
A verdade é que eu não quero voltar. E agora, José? O corpo sente isso e manifesta essas coisas doidas, que não curam rápido, não respondem bem a medicação, abalam corpo e alma. Eu não quero surtar, mas já estou em um tipo de surto, ou ao menos em uma condição peculiar. Vou pedir mais atestado, mais licença. Porque não dá para continuar assim, de qualquer maneira.
Assisti um filme muito bom, A Good Person, drama com Morgan Freeman. Morgan é fenomenal e a história e muito legal também.
Comecei a escola de Literatura Veredas, com professor Rodrigo Barreto, algo que eu queria fazer há tempos, aproveitei uma oportunidade e fiz a inscrição, que está aberta até essa quarta, dia 19/04. A literatura nos forma, informa, nos salva, nos explica, nos engrandece. Lendo atualmente Caio Fernando Abreu para a escola. Viva a literatura brasileira!
Queria escrever mais coisas, o concurso de poesia babou, assim como o outro que traria minha desejada mudança de carreira. Não foi dessa vez e nesse momento, preciso descansar um bocado. Amanhã ainda estou em casa. Bye.
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