Processos


Eu confio no que escrevo. Sei o que escrevo. Sei que escrevo bem, e bem escrevo. 

Chamaram a isto ambição: o querer ser cânone.

Digo e repito: eu sei o que escrevo e a qualidade disso. 

Talvez eu nunca alcance tal ambição, ao menos em vida. 

Pode ser que nem postumamente. 

Mas fica o que digo,

e digo e repito: sei (a qualidade) do que escrevo. 


Mas não aqui, falo dos poemas. Aqui nunca consegui fugir desse tom confessional, como um diário mesmo. E o que tem de errado nisso é que eu não queria escrever assim. Aliás, quanta coisa na minha vida tive o privilégio de escolher? algumas... tem coisa que já vem com a gente de fábrica e não tem como fugir delas. Outras escolhemos fazer, mesmo sem perceber. E por fim, existem algumas que a gente se dá conta e quer tentar mudar, mas é bem difícil. Criar consciência sobre elas já é um caminho. 

Caminho, caminho... Tosse, tosse, tosse, como diz o poeta.  Tao. Vereda. E "tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus" palavra em que creio. O que me move é Deus e a escrita. Sendo um dia publicada ou não, reconhecida ou não, estarei escrevendo porque isso já veio de fábrica. Não é nem meu, Deus que deu-me a musa. 

Quanto à leitura, é esparsa, daqui e dali... estou no momento concluindo Libertinagem, de Manuel Bandeira. Ao contrário do que se possa pensar, na faculdade de Letras não lemos tanto assim, ao menos não as obras, mas sim as críticas, conteúdos sobre, algumas poucas vezes a obra em si. Na UFV por exemplo criou-se um curso de extensão "Encontro com os clássicos" que foi extremamente proveitoso, ainda que fosse professor palestrando, não a fruição da obra em si. Se bem que a fruição da obra se dá no contato leitor e obra, quando mesmo lemos. Agora anos depois retomei o meu encontro com a literatura através da Escola Veredas, do professor Rodrigo Barreto. Focamos nas obras e no que nos dizem. Vale ressaltar que meu encontro com a literatura nunca parou, a musa sempre esteve comigo, escrevo no Recanto das letras, nas minhas redes, até no papel, este menos nos últimos anos. Os poemas ganharam vida digital, portanto. Literatura pós moderna. 

Meu processo de escrita não se ensina. Posso falar sobre ele, mas não é explicável nem aplicável a ninguém, pois é meu de fábrica, como já dito. Por isso não acredito em métodos para nada, para cada pessoa tem um caminho que nunca é igual para as outras pessoas. Somos indivíduos. Emagrecimento, conhecimento, conquistas, etc etc: é sempre bom ouvir as histórias dos outros apenas para se motivar, não para fazer ou tentar fazer igual, pois não necessariamente vai funcionar, pois sua linha de raciocínio é uma, a da pessoa é outra. Fórmulas e métodos não funciona, a não ser para coisas práticas, tais como aprender a usar o email, preencher um cadastro online, etc. Coisas maiores que dizem respeito à vida, não. 

Ah, a vida!

"Eu faço versos como quem morre". Bye. 

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