ESCREVENDO PARA VIVER -
"A poesia não se entrega a quem a define", Mário Quintana
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Esta música faz parte do meu filme preferido sobre questões escolares, o Mentes Perigosas, com Michelle Pfeiffer no clássico papel da professora que vai pra uma turma que ninguém quer e dá um jeito de ensinar alguma coisa a eles com empenho e dedicação, indo além da sala de aula, mudando as vidas e perspectivas de seus alunos, o que nos leva ao segundo filme abaixo, que é baseado nessa historinha aí, mas realmente aconteceu!
The Freedom Writers, ao qual assisti hoje. Made me cry, pretty good. Com Hillary Swank no apel da professora Erin, ou Miss G como os alunos acabam por chamá-la.
O próximo é sobre um professor nas mesmas condições das duas colegas acima, porém ele ensina dança, e junta seu gosto clássico à dança de rua de seus alunos condenados ao tempo integral na escola. Dá certo! Também baseado em uma história real, com Antonio Banderas no papel do professor Pierre Dulaine.
Bom esses são os que vi até hoje, ou hje mesmo. Depois posto mais, porque tenho um ai na mira para ver hoje. Bye!
Hoje eu senti a força da gravidade mais intensa em cima de mim. Uma pressão, um mal estar. Há onze anos eu me senti assim e me levaram para o hospital. Na manhã seguinte, nasceu Lídia. Temos que dessa vez, aos 40, pela graça de Deus, não esteja grávida, mas em estado grave. A depressão talvez esteja cada vez mais se alojando em mim, encontrando espaços em meu DNA para não ser notada. Mas eu a noto. Eu a vejo. Não ignoro mais, não escondo mais. Olho em seus olhos e ela sabe que não vence a guerra, mas se deleita em me ver derrotada nas batalhas. É apenas como me sinto. Será que a mensagem da vizinha no grupo do whatsapp foi um gatilho? Essa palavra tá em alta né, gatilho. Eu não sinto gatilhos, mas os meus pedaços que as balas atingem sempre estão por aí. E eu dano a escrever, inutilmente. Só não é mais inútil porque é para mim e tenho que ter alguma autoestima, não? Eu faço, apenas. É como respirar, não posso evitar. Será que a minha gigantesca vontade de hiberna...
Deixo o café gelar no braço do sofá. Tomo um gole com o filme quase terminando. Não consegui as legendas em português, então deixei as em inglês mesmo. A palavra escrita é a minha praia. Meu marido me perguntou algumas vezes "o que ele disse, o que ele disse?" E eu não soube dizer, expliquei que o povo fala muito rápido e tals. Parte da verdade. A verdade é que eu vou passar perrengue quando chegar algum dia lá fora. É um medo. Não é preciso saber língua inglesa porcaria nenhuma para viajar, é preciso ter os meios para a viagem, ponto. E o filme, não que meu marido veja comigo, sempre vê partes. Nós somos estranhos em certos níveis e de certa maneira. Eu nunca falo de nós. E o filme era sobre um psicopata. Eu não quero nem saber porque gosto tanto de filmes com esse perfil psicológico. Saio para o gramado para dar uma volta com a cachorra, a filha vem junto. Nunca me achei assim competente para cuidar de tanta vida. Mas ainda quero recuperar minha competência trabalhista em...
Eu adoeci na profissão de professora porque me forcei a fazer algo em que nunca fui boa e que nunca quis: falar alto e claro em público. A fala sempre foi problema para mim e lá no fundo, mesmo sem dizer a ninguém, eu sabia que ser professora seria furada. Mas eu dei o meu melhor e muitas vezes gostei de estar ali com aqueles teens. Sentia que realmente tinha algo a ensinar, mas com o tempo, vi que o que eu tinha ou sabia foi ficando defasado e as novas gerações que vinham tinham outros interesses, inclusive fazenda da escola não mais local de estudo, mas de qualquer outra coisa. Eu amo educação, é a minha área. Amo linguística, literatura, letras, tudo relacionado. Amo sobretudo o conhecimento, o saber. Quando digo que sempre tive problemas com a fala, isso diz respeito mais à socialização, ao falar e me expressar com e para o outro, e não a algum problema físico no meu desenvolvimento corporal. Agora, adulta, aos 40, me vejo em casa, cuidando do emocional com psiquia...
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