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Mostrando postagens de abril 6, 2011

Fala, Casimiro!! - Amor e Medo

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Quando eu te vejo e me desvio cauto Da luz de fogo que te cerca, ó bela, Contigo dizes, suspirando amores: - "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!" Como te enganas! meu amor, é chama Que se alimenta no voraz segredo, E se te fujo é que te adoro louco... És bela - eu moço; tens amor, eu - medo... Tenho medo de mim, de ti, de tudo, Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes. Das folhas secas, do chorar das fontes, Das horas longas a correr velozes. O véu da noite me atormenta em dores A luz da aurora me enternece os seios, E ao vento fresco do cair das tardes, Eu me estremece de cruéis receios. É que esse vento que na várzea - ao longe, Do colmo o fumo caprichoso ondeia, Soprando um dia tornaria incêndio A chama viva que teu riso ateia! Ai! se abrasado crepitasse o cedro, Cedendo ao raio que a tormenta envia: Diz: - que seria da plantinha humilde, Que à sombra dela tão feliz crescia? A labareda que se enrosca ao tronco Torrara a planta qual queimara o ga