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Mostrando postagens de julho, 2022

A vida, esse ringue

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  Essa imagem é exatamente como tenho me sentido nessa década que está findando para mim. Esse ano, 39. São muitíssimas descobertas, caminho para o final, estou vencendo, mas vem pancada de todo lado, de todo jeito. Quando eu percebei que essa vida era um ringue, só tomava pancada e perdia as lutas. Saía do ringue ganindo feito um cão chutado. Hoje, vou continuando de pé, mas tal qual um lutador que já tomou pancada demais na cabeça e começa e ficar meio lelé, cá estou, sorrindo, sangrando, descobrindo, apreciando, sangrando, cambaleando.  Ninguém sai ileso desse ringue. São raras as lutas de UFC em que, de cara, um dos lutadores dá um golpe certeiro e nocauteia o outro, sem sofrer nada. Na maior parte das vezes, o juíz segura os braços de dois homens que, ao final dessa luta, estão esbaforidos, sangrando, mas de pé. Um deles tem o braço levantado e mal consegue celebrar a vitória. Comemora, vai até o outro, cumprimenta, diz qualquer coisa e sorri com o protetor de dentes ainda na boca