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Mostrando postagens de 2012

Retrospectiva (mas não)

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Não gosto mais de retrospectiva, dói. Basta dizer que o ano começou realmente mal. Notícias que jamais esperei, aquele sentimento horrível de ser usada e passada para trás. Engraçado que passei de 2011 para 2012 de joelhos na igreja, mas talvez tenha esquecido de pedir coisas específicas a Deus. Aí veio o bombardeio. Hoje ignoro pessoas e sou ignorada, e pior, cabe a mim restaurar relações; mas tem muitas que não quero, não posso e nem devo restaurar. Águas passadas... O vazio incômodo que sempre senti perdurou até meados de Setembro, quando começa a bela primavera. Começou pra mim exato um mês antes de meu aniversário, quando a maior virada da minha vida simplesmente aconteceu. Hoje tenho três meses de namoro e dúvidas e certezas ainda... Comecei a ser monitora de inglês, e fiquei de "recuperação" pela primeira vez na vida. Passei na prova final, ainda que tenha feito-a sem o devido aprofundamento no tema: latim. Hard . No segundo semestre que começou agora em de

Paixão

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Falta-me paixão, sempre foi assim. No meu primeiro e úncio concurso de poesias na minha escola de ensino médio, ganhei o segundo lugar. A premiação, um troféu que hoje está todo despingolado e um relógio de pulso que não tenho mais. No dia seguinte, esperava ansiosamente minhas colegas perguntarem sobre o concurso, esperava ansiosamente por poder falar, mas jamais falaria sem "permissão", um adeixa de alguém. Ninguém perguntou... talvez não tivesse tanta importãncia assim, talvez fosse nada, talvez... e no meios desses meus devaneios, o entusiasmo pela coisa foi esmorecendo, meu coração foi batendo normalmente, me aquietei. Foi assim que uma das colegas, a Kátia, perguntou, espantada por eu não ter falado antes: "ei, e o concurso?" E eu falei que tinha ganhado segundo lugar, sem entusiasmo algum. E ela exclamou como eu não contara antes, e como podia dizer assim, sem nenhum entusiasmo, se fosse ela estaria dando pulos de alegria. E eu estava, mas nunca consegui

Receitas

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Tenho ideias amargas. Acordei depois de uma noite de calor intenso sem vento e cheio de pernilongos e aí meu humor, que normalmente já não é bom, piora bem. Não quero filhos, quero uma criança pronta, já andando e falando, sem eu ter que carregá-la e amamentá-la... quero presentes de natal, livros, agenda, dinheiro sobretudo; quero acertar sempre e ter controle de tudo sempre. Quero viajar mais e ser mais autosuficiente, dependente somente dEle; estar mais perto dEle e não ter memória. Gostaria que fosse possível eu morrer, de fato ou metaforicamente, no último dia deste ano e, dessa forma, nascer no dia primeiro sem memória dessa outra vida que me foi dada até 2012, ano caótico. Me anima os inícios de ano, ao menos naqueles dez segundos da contagem regressiva. Depois é sistema: trabalho, salário, aperto, contas, brigas, amor e vamos que vamos... é um ciclo interminável; sempre acho que algo mágico vai acontecer, mas não existe essa mágica... existe a força de nós mesmos e a minha

Natal

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Olho neste momento para meu sobrinho de quase 3 anos; ele dorme. Vejo um filme na TV, "O dia em que a terra parou" - ETs e fim do mundo e blá-blá-blá (mas nem é tanto blá-blá-blá assim, afinal) - e penso. Família. Natal. Heal the world, Michael Jackson. Lembro de Cristo, procuro tê-lo em mente, porque a gente se perde em presentes e brigas e reconciliações familiares inúteis muitas vezes... porque o Natal é todo dia... ah sim... mas não. Todos os dias pessoas nascem e morrem. Todo dia tem alguém que não come, que não toma banho, que grita de dor física e emocional. Eu só não grito. Todos os dias a gente sofre, sofre muito tentando matar as dores do passado, da fome, nossa fome, dos filhos, do cônjuge. Todos os dias ouvimos músicas e, como em filmes, nos transportamos para um momento que não volta mais, somente na nossa cabeça, e essa é toda maravilha da coisa. Todo dia tem alguém que se apaixona por alguém que se apaixona por outro alguém e não dá a mínima pra sua dor

Tom Literário

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Tudo ainda tem tom literário: estranhamento. Lembro das primeiras aulas de teoria da Literatura I, com J.S.S.. Falávamos desse tom de estranhamento ao nos depararmos com literatura, com o novo, e é assim que estou agora. Quase como um dia será quando eu andar de bicicleta, coisa que não sei. Ando pensando remotamente em tirar carteira, mas devia primeiro andar de bike, não? Não sei... só sei que já aprontei muuuuito antes de namorar, e sempre esperei namorar, não aprontar. E aí, aos 45 do segundo tempo, namoro. Estranhamento, ainda mais quando se está indo pro terceiro mês, uau! Estranhamento ainda agora, quando acabo de ver uma aranha descendo em seu fio invisível.  A música de Taylor Swift se encaixa como luva pra mim, por ele, por tudo o que houve. Begin Again . De alguma forma, comecei de novo, comecei o que sempre quis, mas nada é perfeito, o príncipe é um ser humano como qualquer outro; eu, que seria a princesa, estou beem longe disso também... que bom.  Na música, a

Sobre as vozes

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Assisto The Voice Brasil e penso porque outras artes não tem vez na televisão, sobretudo na rede globo. Não sei... é, de certa forma eu desejo um reconhecimento, estrelato talvez. Não, reconhecimento, e o reconhecimento vem principalmente pela TV e internet nos dias de hoje. Assisti também um pouco do futebol da seleção feminina contra a Dinamarca. Penso no que eu poderia ter sido, ter desenvolvido nas aulas de Educação Física, não fosse o bullying. Tenho extrema dificuldade em olhar pra frente e vez ou outra meu olhar esguio se esvai por cima de meus ombros tão largos e olha... olha pra trás, se arrepende, quer voltar, quer fazer diferente, quer parar em algum ponto. A minha arte não tem vez... teve lá atrás, quando os reis acolhiam os poetas, os músicos, os artistas que lhes louvavam e lhes agradavam de algum modo. Hoje como poeta, sou acolhida pelos meus próprios textos, a rima ou ausência dela, os versos, as estrofes... Sou acolhida pela leitura do leitor desconhecido, os come

Cansaço

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Estou cansada, ao extremo. Só queria dormir um pouco, um muito. Cansada de ensaiar, cansada de ser atriz, professora, namorada, colega, amiga... cansada desses papéis tds, só queria dormir um pouco, um muito. Nenhum desses papéis exerço profissionalmente, exceto o de professora, minha profissão professa. Mas to cansada, cansando cada vez mais a cada dia... da imcompreensão, da falta de senso e sensibilidade alheios e meus tbm. Porque nada me dá a satisfação de que necessito. A cama, só ela pode me salvar nesse preciso e precioso exato momento. E um bom lanche também. Recebo meu salário e tudo se esvai em questão de horas: cntas e mais contas a pagar. Sim, estou voltando ao vomito, reclamando das mesmas coisas, mas sempre são elas que me incomodam... as mesmas, sempre. Claro que não me acho brilhante, muito menos minha vida, o nome deste blog é ironia pura. Mas que tive meus momentos, isso tive. Cliche, mas tive superações, batalhas, vitorias, e quase nenhuma platéia pra chorar ou

Ritos

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"A glória desta segunda casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos". (Ageu 2: 9) A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos. Ageu 2:9 Participei ontem da Santa Ceia, rito mantido por cristãos em todo mundo até hoje. O testemunho de um pastor me emocionou. O rito todo me emocionou. Não é possível não sentir algo mais nessas ocasiões, o algo mais que é Deus. Muitos vão apenas sentir algo que denominam emoção, mas sei que é Ele, sempre lá, aqui, ali, acolá. Tudo de repente fez sentido, e tudo sempre faz quando Ele se faz presente e nos relembra quem somos: o por que de tudo ter acontecido de tal e tal forma. Mas não precisamos nem devemos nos preocupar, temos ainda um caminho a percorrer, que não está traçado, mas que Ele, inexplicavelmente aos olhos humanos, sabe como e o que vai acontecer

(Im) possibilidades

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Conheço a desventura, só. Quando vem a coisa boa, a ponta do iceberg da felicidade - sim, porque todo mundo quer, mas ela pode fazer um estrago inicial na rotina sistemática de cada um - recua-se. Recuo. recuamos, acostumados que não estamos a receber o bem, as coisas boas, a recompensa. Bom, deixe-me voltar à primeira pessoa mesmo, porque falo por mim. Recuo. Será que é porque não me acostumo à felicidade ou será porque gosto de sofrer? Freud, please ... Sei lá... o passado é a nossa história, mas tem pequeninos detalhes que nunca, never, ever, vamos entender. Eu, pelo menos, nunca entenderei a recusa, o não, o sim à noite e o sai pra lá no dia seguinte. Sim, essas questões nunca saem da minha cabeça, não importa o quão em outra eu esteja. Mas estou seguindo a filosofia da Britney: keep on dancing until the world ends ... 21 de dezembro aí está. Penso no efeito borboleta: o que eu fiz láaaaaaaaaaaaaa atrás que me causou tanto tumulto, sobretudo nos dois útlimos anos? Talve

O amor e outras lições

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A gente nem percebe, acontece. De repente já tinha uma camisa dele aqui, um boné, a mochila emprestada, o guarda-chuva igualmente emprestado em dia chuvoso, objeto quebrado... até uma cueca e escova de dentes, a minha azul, a dele branca e rosa. É, às vezes é tudo trocado que faz feliz. O simples, o dia-a-dia, a rotina, os desentendimentos e o medo de perder. O almoço compartilhado, a sobremesa, o pão de queijo de manhã e à notinha, os mimos e bobeiras de cada um, e dos dois juntos. O beijinho, o beijo, o beijão. O que faz a ligação em tudo isso sempre está, sempre é, e vai se moldando amor.  Na verdade nem tudo está trocado, vivo o que sempre esteve em mim, talvez não muito do jeito que sonhei, com dificuldades e ... bem, o que não é difícil nessa vida? Na verdade, me pego sorrindo e sentindo uma felicidade quase que tangível, palpável e, como não acostumada a isso estou, me pego depois pensando num não-futuro, num será, num sei-lá-mais-o-quê.É tudo ainda novo, a

Nurse

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My name is Catherine, everybody calls me Kate, a nickname. I wouldn't like that but it's a way to forget who I am. I was born red-haired and my mother just loved it, but not my father. First of all, he wanted a boy. I impaired my mother to ever give birth again. She died so early, leaving me in my father's hands. I'd do everything to please him and I'd try the Army, but he laughed at me. So, I started to study to be a nurse because he started to be ill, especially after that great break in USA. That was just terrible, we lost the little left. My father bet everything in the banks, but then they had that break. Now, we have a name, only. I was dying to graduate to take care of my father and make him proud of me, but he refused me as his nurse. Of course I take care of him now, but struggling all the time. I just started to hate my job and they put me on the admissions desk, I don't care, life is just like that. I met this intern, we started something, but he

Livros, moda, eu, Ele, ele

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"... porque depois do erro daqueles que negam a Deus, (...) não há nenhum outro que afaste tanto os espíritos fracos do reto caminho da virtude como aquele que reside em supor a alma dos animais como sendo da mesma natureza que a nossa e tirar disso a conclusão de que nada temos a temer nem a esperar após esta vida (...) a nossa é de natureza completamente independente do corpo e não está, por iss o, sujeita a morrer com ele; pois que, não vendo outras causas que a destruam, somos induzidos, evidentemente, a crer que ela é imortal". (DESCARTES, Discurso sobre o método). Sou leiga no assunto mas, se um dos grandes filósofos da antiguidade provou pela razão, pelo pensamento lógico que Deus existe, porque grande parte dos atuais diz que não?? Bom dia! :) Postei isso aí no face hoje. Comecei o dia lendo um livro do tipo "yes, you can!" e depois fui continuar lendo esse maravilhoso pensador que é o Descartes. Inúmeras vezes me indaguei como a

Açucolismo?

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Sou viciada em doces. Digo isso porque gosto muito, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuuito de doces, desde criança. Não creio ser um vício, porque posso passar dias, semanas, quiçá meses sem comer doce, mas tendo outras fontes "doces" como yogurt, sucos, frutas. Consumo pouco do que é saudável, vou é no doce de leite e chocolate mesmo, de preferência o branco, que é o mais doce, feito quase sem cacau. tenho um certo controle, mas tem tudo pra ser vício: se vejo fotos de doce, começo a salivar bastante, tenho que imediatamente comprar aquele doce ou similar. na segunda-feira dessa semana comprei um pacote com 20 balas, comi tudo em menos de uma hora. Ontem duas barrinhas de chocolate e uma trufa. Hoje, doce de elite em pedacinhos, já tá quase acabando. Mas geralmente disparo a comer doces porque estou começando a ficar estressada ou ansiosa com alguma coisa. Deve ser o mestrado e a remodelagem que estou fazendo no meu projeto, e a preocupação de passar ou não passar depois de gastar c

Hey Mr Tambourine man!

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(este "vídeo" não tem imagens, somente a música) Acabei de achar uma resenha crítica do filme "Mentes Perigosas", meu filme favorito de professor e alunos. Vale a pena ler aqui . Passei esse filme recentemente para uma turma minha, de dez alunos meio nem aí, como os do filme, mas acho que sem problemas tão graves quanto o de drogas, briga de gangues, gravidez, etc. Meus alunos também são de escola pública, mas eu leciono para eles em um curso de inglês. No início do filme, os alunos da professora Louanne, ex-marine, estão catnado rap, ouvindo música, o que não difere muito dos meus que, além de ouvirem música, cantar e falar sem parar, tem a tecnologia avançada ao alcance, celulares com acesso à internet, recurso do qual lançam mão durante as aulas. Às vezes tenho vontade de torcer os pescoços deles... mesmo.  Um celular pra mim tem que ser bomitinho, moderno, claro, mas basta fazer e receber ligações. Adoro esse filmes sobre a relação professor-aluno, en

Diamantes

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Nasci evangélica, não cega. Aliás, acho que ninguém nasce nada... por algum motivo, temos pré-disposições para certos tipos de doença e comportamento, e vamos sendo moldados pelo meio, pelos pais, amiguinhos, colegas, professores, amores, desilusões. As piores e melhores lembranças sempre ficam, se revezando. Vão e vem. Ficam, são parte de nós. Rose, com seus quase cem anos de idade, chorou contando sua história de amor com Jack. Ah, se meu choro fosse porque meu amor morreu, mas não... às vezes o choro é bem pelo contrário... Loucura. "Ilha do medo" filme de Dicaprio com Mark Ruffalo, dirigido por Scorcese, bom. Não sei de onde vem a homossexualidade, mas não cometerei a loucura de ser conivente com a matança de pessoas que escolheram esse caminho. Porque é escolha, consciente ou não. E não sei onde está a sanidade e a loucura em cada um de nós. Atuar é loucura. Eu atuo. Logo, sou louca. Na peça, eu vou fumar, enlouquecer, cantar descompassadamente e tomar um tapa.

Ser

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Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. Hebreus 13:5  "Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes..." Hebreus 13:5 Queria ser capoeira, defender o morro. Ser Joana D'arc, Tiradentes, o apóstolo Paulo, morrer por uma causa. Não sei, ser alguém importante. Hoje desviei de duas pessoas, tomando cuidado pra não ser atropelada por atravessar às pressas. Depois fiquei presa do lado de fora de casa e, forçando a chave errada, ela abriu o portão. Entrei, tomei banho. No meio tempo lá fora de casa, pensamentos maus tomaram conta de mim, dando-me um certo prazer macabro, ainda em meio às músicas que ouvia. É, me conhecendo como me conheço, sei que o que me segura é a fé nEle, plena e firme. Otherwise, eu cometeria crimes e vinganças sem o menos pudor ou arrependimento. Acontece que já é crime só premeditar o negócio... Perdão, Senhor.  A vida vai indo, à rev

Fatos primaveris

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Chuva, friozinho... a primavera ganha outros ares. E um novo box anos 80 me faz sorrir: anos dourados, da boa música, nacional e inter. O box da som livre é de música inter, que sempre foi o que ouvi.  Fui mesmo classificada no concurso do estado. Mas tem 13 vagas pra região que escolhi em BH, sendo que são 3 reservadas para candidatos com deficiência. Ou seja, concorro a dez vagas, mas estou em 16º. Terei chance? Sei lá... Enquanto isso, as vagas a mestrado em letras na ufv vão até dia 5 de dezembro... Como sempre, ainda estou na grande dúvida. tudo o que queria era passar nesse concurso e ir embora, mas talvez não seja chamada e tem o amor recém-chegado...  Quarta-feira fazemos dois meses. Já sabemos o suficiente um sobre o outro: o temperamento, o mau-humor (meu e às vezes dele), os sonhos, desejos, a preguiça, a vonatde de ficar junto e dar certo. Nesse processo, acho que acabamos deixando um pouco as amizades e o mundo de lado... não sei, as pessoas e nós próprios nos

Bem-aventurados os passivos...

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"Remember, remember, the 5th of November The gunpowder, treason and plot; I know of no reason, why the gunpowder treason Should ever be forgot." Ideias me assolam. Foi só assistir novamente "V de Vendetta" que coisas começaram a borbulhar em mim. Aqui e ali, todos os dias tenho essas ideias fawkesianas. Incendia, destruir o Palácio do Planalto, assim como o Parlamento o foi no filme. Fazer alguma coisa contra toda essa sujeita, porque realmente há algo de errado com esse governo, como foi dito também no filme. Agir ao invès de ficar nessa verborragia toda que sempre fico aqui. Mas essa seja talvez a minha função, ainda que tão passiva, a de divulgar ideias, espalhá-las e deixar que os verdadeiros revolucionários e corajosos ajam. Sim, porque minhas ideias borbulhantes vão contra minha personalidade passiva e pacífica. Também não acredito que "a violência pode ser usada para o bem", mas às vezes dá uma vontade de ir lá em Brasília e... Mas aí

A professora que chorou

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Era uma pessoa comum, com uns sonhos aqui e ali, irrealizáveis se dependessem de seu próprio bolso, destino ou sorte. Amava a escola, mas dizia decididamente que professora não seria. Aturar todos aqueles alunos torrando a paciência? crianças, adolescentes e adultos melindrosos? Não!! ela dizia... Mas quis o destino - azar, sorte, fortuna? - que gostasse muito de inglês, que escrevesse desde os doze poesias, que sonhasse em publicar livros; que, enfim, escolhesse Letras e consequentemente a profissão que não: professora. Fez-se uma, por certo. Foi se amoldando, colhendo conhecimentos daqui e ali, gostando e aperfeiçoando o inglês. O intercâmbio não lhe foi possível, mas foi vivendo. Tinha a estranha e ingênua mania de acreditar nas pessoas: acreditava que podiam aprender inglês em qualquer idade; que era possível ensinar bem em um a escola pública; e acreditava na verdade primeira das pessoas, naquela primeira versão que diziam das coisas, ainda que mentiras... Acreditava, sobretud

Coisas que (não) sei

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Coisas que eu sei as noites ficam claras no raiar do dia coisas que eu sei são coisas que antes eu somente não sabia (Coisas que eu sei - Danni Carlos) Alimentar prazeres e futilidades... Às vezes queria ter roupas que não teria onde usar, acessórios e marcas que dizem ser bons, Dolce e Gabanna, Dior, Versace, etc  etc... comer nos melhores lugares. Mas aí às vezes me contento em poder comprar um x-egg-bacon-burguer, que me enche o estômago e incha a barriga. Minha forma física nunca foi motivo de preocupação pra mim, mas agora eu sei que se tentar emagrecer ou começar a fazer exercícios, vai demorar muito mais pra conseguir... Eu sei que amo meu namorado de uma forma mais amena do que as outras paixões arrebatadoras. Sei que gosto de mim assim como sou, sempre querendo tanto e dormindo mais que trabalhando, sabendo não ter direito a tnatas reclamações. Sei que vou me casar daqui a dois anos, se tudo caminhar conforme planejamos. Sei que sou que nem ele, preguiço

Leituras

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Esse negócio de Concurso público é mesmo complicado, sobretudo os editais. Achei que tinha sido roubada no último que abriram pro estado de Minas, mas não. Leitura faz toda a diferença! Abrindo esse meu blog, vi as atualizações de outros blogs, inclusive um de geografia, e exatamente este informava sobre um resultado preliminar do concurso da SEE. Fui lá olhar e bingo! Meu resultado estava lá. Aí tinha novas datas para entrar com recurso e nisso senti a mão divina me dando uma nova chance! Fui caçar o papelinho que se recebe de volta quando se manda uma carta registrada pra entrar com meu recurso. Fui ver esse negócio de recurso no edital de novo e bingo! Numa leitura mais atenta, percebi que eu realmente não havia apresentado uma das coisas que se pedia na avaliação de títulos: um diploma de especialização, de mestrado ou doutorado. O que eu havia mandado não valia, pois já era requerido como escolaridade básica para o cargo que me candidatei. Eureka! O N/A (não apresentado) que

Sobre o mestrado e o calor

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Parece que agora é sério: vou me afundar mais na zona de conforto. Enquanto a educação pública continua afundando, salva aqui e ali por iniciativas individuais, eu vou confortavelmente reclamar uma cadeira no mestrado ufeveano. Não que eu seja peça chave pra que a educação mude completamente de rumo, mas me acho na obrigação de estar lá fora. Ao mesmo tempo penso que os bastidores tem um papel importantíssimo de reflexão sobre a realidade, ainda que distante do meio acadêmico, e podem propor soluções e caminhos, ainda que distantes... Bom, esse negócio da distância é que complica tudo. Se eu me formo e continuo no meio acadêmico ad eternum , não me acho muito no direito de dar pitaco no mundo da escola pública lá de fora. Se bem que, no meu caso, eu falaria como ex-aluna de escola pública, e assim, a meu ver, teria alguma credibilidade. Não que professores universitários não tenham, mas acontece que, querendo ou não, podemos incorrer num mundo ilusório, onde tudo é possível e adapt

Dia nacional da poesia preguiçosa

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Ah, é a vida que me clama e reclama, sem paz. O movimento de ir pra frente me cansa só de pensar, por isso, no mais das vezes a vida me empurrou. Sou reacionária inatamente. Não há o dinheiro para as contas, não há dinheiro para o pão, mas há a ansiedade que Ele pregou para não haver. Se eu me mecher, sei que tudo muda, o mundo muda, as coisas mudam, mas sei que se não me mecher, mudarão fatalmente, aleatório destino. A mudança me empreguiça e emperra.  Viveria de amor, pudesse. E de cantoria e poesia, fosse boa a voz e a pena. Não garanto a voz, somente a pena, apesar de hesitante ser.  A música vibra, ainda que em voz desarmoniosa e informe. As teclas do piano quase que sinto sob os dedos, ainda que não as toque. São muitas as decisões que me cabem sobre minha própria vida. E como vivia eu antes sem tomá-las todas? Não as tinha, simplesmente. Não tinha as decisões porque não tinha a vida em mãos assim tão minhas. Tinha-a nas mãos de mamãe e papai. Quando a mim foi d

Das coisas todas

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Das coisas que não ganhei no 20 de outubro:   Um gato maine-coon , cachorro rotweiller , labrador ou bigle. Uma iguana, uma tartaruga marinha... Livros, qualquer um, mesmo mesmo. De receitas, romances, novelas, contos, crônicas, didáticos, gramáticas, guias de viagem, de curiosidades (Gostaria muito do Guia dos Curiosos, os dois volumes). Qualquer livro me agrada, até o 50 tons de cinza ... Minha mãe aqui, minha amiga-irmã, minha família... tá todo mundo longe...  Das coisas que ganhei: Um parabéns com bolo surpresa dos meus alunos de sábado de manhã - porque fazer surpresa pra mim é mole, nunca desconfio de nada - um big bolo de aniversário do sogro, uma blusinha amarela da housemate , uma caixinha com chocolates, escrito Together Forever do amor, a visita do João, a ligação da mamis e um tchau lindo na vozinha da minha sobrinha princesa linda.. A companhia do amor o tempo todo e da Calabresa, minha gata.  Das coisas do dia 21 de outubro: um mês de amo

Nostalgia in English

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To querendo um chá, um saquê, uma casinha de sapê, alguma felicidade simples e bonita... me livrar da ansiedade estressante do cotidiano, da ambição desmedida, da inveja e do rancor... ler um livro ali na varanda, deitada na rede, ouvindo um Bob Marley, Jack Johnson, John Mayer, Norah Jones ou Sade bem baixinho, sentindo um vento leve no rosto com a Calabresa (minha gata) deitada na minha barriga, dormindo.  Mas ainda passa pela minha cabeça o algo mais. A biblioteca em casa, as viagens, as roupas de grife, as festas glamourosas, o carro, os cachorros e gatos com pedigree, a pele boa, salão toda semana, unhas, corpo e mente em dia, sessões première de cinemà, cinema em casa, um home theater completo, uma coleção de dvds, réplicas de Salvador Dalí, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari... ambições normais a meu ver mas que, pela impossibiliade de realizá-las de imediato, me frustam grandemente. Sinto raiva de tudo e todos, mas passa como hoje. A rotina às vezes faz bem pra me pôr

Sede

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Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Mateus 5:6 Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos  (Mateus 5:6) Hoje, faltando somente uma hora, ou menos para o término desse dia dos professores, eu sofro. me entristeço pela categoria, pela categoria humana. Juntando julgamento de mensalão, avenida brasil, salário de professor, ser professor, ser humano, ser mulher, Senhor, é tanta coisa imbricada, tanto problema, tanta injustiça.  Minha sede de justiça só aumenta. Aquele velho sentimento de vingança foi passageiro, escondia em si a sede por justiça em todas as áreas. Horrível é essas sensação de impotência, claro que algo posso fazer, mas é muito pouco, posso tão pouco... ou estarei enganada? Não sei, tudo me confunde.  Queria até poder escrever algo bom, mas nada vai sair. Hoje recebi uns parabéns de uma ex-aluna e dos meus alunos, pessoalmente. Mas eles são adolescentes, não tem noção de que, vulgarm

O amor que dá

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Achei que o amor ia me cegar,assim, pra tudo, pra vida, amigos, profissão, rua, minha gata, minhas contas. Me cegou pra bagunça do quarto, que já não arrumo. Achei que ia me cegar pro passado, e essa cegueira era tão desejável. Mas não. Achei que me cegaria pros outros, para os sentimentos não desejados, para defeitos, gorduras, hálito,distrações, passado... mas não. Suportar tudo não é fácil, mas é necessário uma vez que se queira o outro. Somos música, somos todo o possível, o amor que dá; que não é cego, mas tolerante. Que tem me feito aprender coisas, aprender a me controlar, me põe rédeas necessárias, me faz parar e viver de verdade. Esses dias tem sido difíceis, digo não para mim, mas para algumas pessoas. Mês do halloween, parece que "a bruxa está solta". Mês dos meus dias especiais: 12, 15 e 20. Crianças, porque ainda resta uma em cada um de nós que aflora quando dá; professores, minha profissão, mas não estou trabalhando como professora, eu SOU professora

I'll learn to survive

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Oh, come on. This is not fair. I almost begged to you, "let me in, let me in, let me in..." And you didn't. Suddenly I turned around, and there was another one. I begged again, as a fool: "let me in, let me in, let me in..." But he didn't. Again I collected the pieces of my heart and thought the new one who appeared would keep yhem in his own heart. But no. I begged let me in one more time. Again. Again. Again. They all stepped on me without mercy. But suddenly, suddenly... They are still here inside me, forgotten in some deep place or, at least, trying to be forgotten by me... ignoring me on the street, passing me by, sending emails messages or chatting on facebook... suddenly they all seem to come back somehow to disturb me... I've been never good enough, but then... I'm lost. I am love and I love. Why do people want to take this off me? Why can't I just relax and live this new phase? This is not only about them. This is about what I f

Um dia de fúria

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Esses dias de eleições, politicagem, filmes, programas de TV, etc me levaram a essa segunda-feira de fúria. Inicialmente, comecei a revoltar-me com a minha vida pessoal financeira, que não vai nada bem. Desde ponto inicial, meu pensamento seguiu uma linha de raciocínio lógico-matemática que me levou a pensar na injustiça dos salários minimos, dos salários máximos, da estrutura mesmo que subjaz a sociedade atual. Eis o pensamento que publiquei em me status do facebook: então eu sirvo à sociedade como educadora, professora, whatever, e não sou paga merecidamente por tal, por isso, devo me enfiar num laboratório acadêmico de pesquisa, sentar o rabo o dia todo numa cadeira, encher meu cérebro de conhecimento e "sabedoria", publicar artigos que meus alunos fizeram em meu nome e ai sim vou ganhar meus milhões sem fazer nada de prático para a sociedade que urge por mudança? legal... ideologia, eu quero uma pra viver!!! Minhas contas tem aumentado, meu salário, n