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Mostrando postagens de março 6, 2012

Owl II

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Olha não sou daqui diga onde estou não há tempo, não há nada que me faça ser quem sou mas sem parar pra pensar sigo estradas, sigo pistas pra me achar...     (Pato Fu - Antes que seja tarde) Estou acordada feito coruja, mas morrendo de sono. Tem um pessoal aqui atrás de casa que toca e canta moda de viola. E eu tenho saudade de um tempo que não volta. Saudade de quando eu não errava. Ou ao menos só errava em pensamento. Passava horas a fio mergulhada na minha própria imaginação e era um saco aquilo, apesar de ter me rendido tantos poemas. Saudade mesmo de quando eu não bebia, não saía, não.. fazia coisas que agora faço, mas que ainda acho condenáveis. Saudade de não estar em cima do muro, de ter a plena certeza de estar no caminho certo... saudade de só ter a vontade normal de experimentar o mundo, mas não ousar pôr o pé fora da linha. Faltava-me oportunidade de ser o que agora sou, vivida. Em termos. Não sei o por que de muita coisa ter acontecido, mas sei que há um pr

Owl

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"Odi et amo. Quare id faciam, fortasse requiris. Nescio, sed fieri sentio et excrucior." "Odeio e amo. Talvez me perguntes por que procedo assim. Não sei, mas sinto isso dentro de mim e me angustio" Catulo. Pousou uma coruja na minha janela. Lembrei-me de Poe e seu corvo "nevermore!", lembrei-me dos dizeres de vovó, "Esse bicho agourento!" e fui logo dizendo, mas da boca nada saiu. Olhei-a nos olhos e foi ela quem me disse "Time, tempo, tiempo... nada é por acaso!". A voz era calma e sábia. Ela não ia me bicar nem nada, só vinha me trazer alento à alma, já que naquele momento eu queria sim conversar com alguém, mas alguém não achei que seria uma coruja. lembrei-me da atriz Ana Lúcia Torre, que se parece bem com uma. Pareço-me com que, pensei sem tirar os olhos da coruja parda que pousara em minha janela. "Você", ela disse. Estava me respondendo? Ela deu um giro de 360 com a cabeça e foi embora. Não sei escrev