Rebeca Melo

Eu tinha muito medo dos sinais da nova era, por exemplo, aquele sinal das mãos que os rockeiros fazem. Achava que tinha um monte de gente condenada ao sofrimento eterno e caso eu "pecasse" também estaria condenada. Li o Apocalipse ainda criança e chorei horrores acreditando em cada palavra daquela profecia, como se ainda fosse acontecer. Depois fui entendendo que tal livro não era literal, o que me confortou um pouco. Sempre achei aquele versículo sobre a volta de Cristo um tanto estranho, pois Ele afirmava que Não passaria aquela geração sem que tudo aquilo acontecesse: tribulações, guerras, rumores de guerras, mortes, pragas. Se Ele falou para aquela geração, já aconteceu, certo? Muito nova ainda, não ousava concluir tal coisa, pensava que poderia ser figura de linguagem e que cada geração que lesse aquilo, valeria para ela. Ora, se fosse assim, nunca que tais coisas aconteceriam, a volta de Cristo então nunca se concretizaria, penso agora.  Mais tarde, passei a perceber q

Estou tentando (sobre)viver, mas não consigo. Não quero empreender, não sei vender, não quero mostrar toda minha vida no youtube. Mostro aqui, escrevendo, mas pouco se lê, ao menos em nosso país. E se quero ser lida, o que tenho a dizer? Não sei, mas já digo muito aqui.  Gostaria, nesse exato momento, de parar de trabalhar. Isso mesmo. Cheguei no meu limite, não posso parar e tenho medo do que me possa acontecer no exercício do trabalho no dia a dia, medo de surtar. Chega. Mas financeiramente não posso. Chega. Mas não posso. Chega.  O quarto compromisso é dar o melhor de si em tudo que se fizer. Não consigo dar o melhor de mim por um trabalho que já parei de exercer emocionalmente. Estou no automático. Não posso, financeiramente, mas já parei por dentro; pudera eu tirar um ano sabático, coisa para poucos.  Tirar um ano para finalmente ser quem sou e mostrar a que vim nesse mundo: escrever publicar. Viver disso.  Por que os sonhos não realizados se avolumam? Porque inconscientemente os