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Mostrando postagens de junho, 2012

Coisas irresolvíveis

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renatomoraes.blogspot.com Tinha o teatro, as férias. Tinha tudo e mais um pouco, só não tinha dinheiro, essencial. Tinha os destinos: Ouro Preto, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis. Pra onde ir? O que fazer? Como se resolver? Onde estava a ajuda, além da divina, sempre lá? Aí tinham as reações do corpo: sonolência excessiva, coceiras, vermelhidão, a gata que arranhou, dores nas juntas, tudo. Aquela dor de dentro nem contava, já fazia parte de si. Depois vinham as dores psicológicas: o peso na consciência, mal-estar, raiva, trsiteza, sensações infindamente torturantes e angustiantes, para as quais não há muita escapatória. O que fazer? Pedir perdão ou antes perdoar a si mesma? Havi o corpo, o externo do corpo, ainda: vestir-se bem, ficar bonita, era bonita, pra que, pra quem? Não ligava a mínima, queria era ser mais inteligente, sagaz, perspicaz, queria saber todas as opiniões, ler todos os livros, fazer artigos, teses e dissertações, mostrar o cérebro antes do corp

O mal

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Havia ainda mais um lado nela, esse lado atroz. Feroz e voraz de comida fresca, vingança. Nessa, ele pagou o pato. Ela não latiu nem avisou dessa vez, foi lá e mordeu, bem forte. Nada que ele não merecesse, ainda pouco. Ainda esse lado aflorava, mas com todo requinte. Ela não iria às últimas consequências, só sendo extremamente necessário, como um último recurso a lançar mão. A força da raiva alimentava tudo, necessária. Não era assim que deveria ser? Então todos pisavam em sua cabeça e ela devia ainda estender um tapete vermelho pra que limpassem os pés? Tapete vermelho de seu sangue, não. Não! Houve discussões, xingamentos e ameças. Ah, se a internet estivesse à mão nakela hora, ah! se estivesse, mas não estava. Nada estava. Ela sentia frio, tremia, suava, sentia orgulho de si e ainda um vazio imenso. Carregava um riso irônico no rosto e seus eus brigavam dentro de si. Bem, mal... Um senhor lhe entregou um papel-sinal-mensagem que dizia: Pratique sempre o bem sem olhar

Não ter

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Não ter, não ter Um perfume que não se esquece Não ter O ruido do seu sorriso Não ter Essa hora tão mágica Não ter O carinho que eu preciso Não ter O seu ritmo sempre doce Não ter Seu amor pra onde quer que eu fosse Não ter Minha vida é viver de você... Sandy e Júnior - Não ter O fim de semana foi bom, só. Respeito, ponto. Escrevi o seguinte texto outro dia, e ele bem que podia deslizar  pra internet automaticamente né, mesmo quando a gnete não tem internet. Não ter; tem uma música de Sandy e Júnior que dizia isso, não ter, não ter o su ritmo sempre doce, não ter seu amor pra onde quer que eu fosse... acordei com essa música na cabeça outro dia, deve ser poruqe não tenho muita coisa. O texto: Devo pensar mais ou menos assim: preciso do estímulo externo, logo, esse estímulo é o correto. Então, os outros estão certos, eu não. Estão certos a meu respeito, eu não. Não sei como sou de verdade. Olá, sou a mentira, vivo-a. os outros sabem o que me é melhor, então, devo se

Contentamento

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Quem sou eu pra que o Deus de toda terra se preocupe com meu nome, se preocupe com minha dor...? (PG - Quem sou eu) Andei, andei, andei muito hoje e não acabei. Não quero acabar; é a velha mania de ter medo da morte. Medo de acabar, de ser esquecida. Sei lá. Esse blog... todas as minhas postagens, juntamente com o que pensei na hora, estão aqui. Estão aqui, mas até quando? A memória tecnológica, as páginas da internet, será que não vão dar um esquecimento um dia? Quantas páginas e suportes e memórias existem, e quantas a mídia virtual é capaz de suportar? Nem sei se faço as perguntas certas, mas... será que não terá um novo bug do milênio (em 3.000?).  Medo de acabar. De ser esquecida. Quero que saibam que eu existi, mas é muito mais fácil criar uma família e ser lembrada por ela do que ser lembrada pela humanidade. Ser lembrada por todos, por um longo período de tempo, é tarefa árdua, é preciso ter feito algo essencial à humanidade, algo relevante... Minha ambição in

O óbvio da vida

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A minha vida continua Mas é certo que eu seria sempre sua Quem pode me entender Depois de você, os outros são os outros e só (Os outros - Kid Abelha) É claro que eu ia ver a criatura hoje, só porque hoje é hoje. Era óbvio que eu iria cair em tentação ontem, só porque no mesmo ontem comecei uma campanha na minha igreja na busca de uma santidade que já perdi... E eu sabia, eu sabia de tudo isso. Tem coisa que é tão óbvia que nem é preciso sexto sentido ou qualquer outra coisa; simplesmente é fato, é. E eu sabia e ainda passei número de telefone, endereço, eu me dei os meios pra cair na tentação. E acordei hoje pensando tanto na criatura que era óbvio que ia vê-lo. Lei da atração sempre funciona quando não quero. Continuam as obvieidades: claro que iam ter barracas vendendo flores pra todos os lados, corações e coisas vermelhas por toda parte, e eu obviamente estaria só nesse dia. Mas liguei o "nem aí" por hoje, só pra constar. Comprei umas coisas, um lápis de

Sinais II

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Nini calabresa, antes de fugir :) Quarta fui ao dentista. É no mesmo pŕedio em que ele trabalha... Fiquei naquela expectativa frustrada, como sempre. Cheguei no consultório, sentei do lado de uma menina que chamariam de especial. Ela me olhava sem parar e pôs a mão no meu braço duas vezes, talvez querendo dizer alguma coisa. Sabia falar, mas com dificuldade. Foi atendida primeiro que eu, e, ao sair, me disse tchau. Cassiana. Minha gata reapareceu uma semana depois de sumida. Voltou estranha: mais magrela e andando estranho, com uma das patas visivelmente inchadas. Dorme muito durante o dia e está extremamente próxima de mim, carente. Tenho que levá-la ao veterinário... com que grana, se a pobrezinha até sem ração está? Não estou em crise, mas meu corpo parece que está. Ando muito desanimada, nem tanto cansada, mas falta alguma coisa pra dar um "up". Estômago reclama, cabeça reclama, pernas e joelhos reclamam, as costas reclamam. O coração emocional, ah, esse sem

Um beija-flor e um bebê

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Segunda-feira atípica dessa semana. Caminhava para a UFV e pedi a Ele um milagre. Cheguei no departamento e encontro um beija-flor preso lá, voando e batendo nas paredes. Sabia que ele pararia pelo cansaço e esperei. Ele pousou cansado num dos quadros de aviso dali e cuidadosamente, com meu casaco, peguei o pequeno animal. Ao contrário do que pensei, ele não me bicou nem quis voar desesperadamente, apenas descansou nas minhas mãos. Tinha teias de aranha no bico longo e fino e nas pequenas patas, removi-as com cuidado, acariciei a pequenina cabeça do pássaro, que fechou os olhos ao meu toque e esmoreceu. Achei que tivesse morrido, mas ele ainda respirava, estava apenas descansando, confiou em mim. Não sabendo o que fazer, desci as escadas com o pobre pássaro nas mãos, cuidadosamente, e com uma alegria estranha no peito, como se tivesse acabado de ganhar um presente: o beija-flor. Lá fora, imaginei que ele perceberia o ar corrente e sairia voando, mas ficou um tempo na minha mão, ain

-ites...

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Fui dar uma volta no hospital essa madrugada, assim, só pra sair da rotina. Isso não é normal. Já é a segunda vez esse ano que vou parar no hospital. Sintomas estranhos que nunca tive: primeiro foi a dor de cabeça insuportável, sinusite. Agora foi uma dor de estômago igualmente insuportável. Fui medicada e voltei pra casa na carona do meu tio. Minha amiga de república ligou para ele, que veio logo, todo preocupado. Bom, afinal, eu não estou completamente só nesse mundo. Mas será que estou com alguma doença? Foi-me dito para procurar um especialista e fazer uma endoscopia, argh. No mais, a vida segue. Essa semana tem um feriado pra dar mais uma folguinha, e meus alunos até perguntaram se teria aula no sábado, já querendo emendar tudo, mania de brasileiro. E eu sem grana nenhuma... não adianta anotar tudo que gasto, fazer planilha, nada; o dinheiro tá indo embora com uma facilidade impressionante e estou sempre tendo que pedir adiantamento. Vida de professora... ou coisa de pobre

Should I stay or should I go?

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Calabresinha Nini... volta neném! :(  Darling you´ve got to let me know Should I stay or should I go? If you say that you are mine I'll be here 'til the end of time So you got to let me know Should I stay or should I go? (Should I stay or Should I go? - The Clash) Tenho muitos assuntos a tratar, tanta coisa a resolver, falar... Minha grande questão filosófica atual se resume a uma frase de música: Should I stay or should I go? Passei no concurso do Estado-MG, para BH. Agora tem a prova de titulos. Todo mundo me dá os parabéns como se isso fosse uma coisa importantíssima para a qual me dediquei inteiramente - sim é importante, mas não me dediquei inteiramente e nem estou soltando fogos agora. Perdi o entusiasmo com as coisas. Aliás, eu nunca tive muito entusiasmo. Nas poucas vezes em que senti vontade de comemorar, me reprimia um pouco. Como quando fiquei em segundo lugar no concurso de poesias que teve na minha escola de Ensino Médio. Eu estava explodin