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Mostrando postagens de agosto, 2019

Diga não!

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As escolas estaduais estão pegando fogo! E no meio disso tudo, temos que dar um aulão, verificando em qual/is matéria/s os alunos tem mais defasagem. Todas! Todas, pois as salas estão cheias e silêncio não há. Ensino de qualidade não conseguimos oferecer por n motivos, quais sejam, salas lotadas, alunos analfabetos funcionais, falta de estrutura familiar, falta de suporte material e humano, etc etc etc. Aí de repente, vamos fazer voltar as salas fundidas e fud$#@s também. Volta professor, mexe no horário. Em meio a tudo isso, mechemos também com o horário, as salas e o psicológico dos alunos e dos professores. Vi colegas saindo chorando da escola, outros sumiram simplesmente, outros preferem pedir mudança. Acabamos por afundar alunos, aqueles que estavam por um fio, salvamos alguns, enfim. Ser professor é tarefa non grata. Mas é tarefa essencial à sociedade, para crescimento, educação, acesso, cultura, tudo. Não sei se é justo, bom ou mau para a escola concentrar todo esse tipo de tr

Colunas

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Quando mal percebemos, surge o primeiro cabelo branco. O primeiro grito com um aluno. O primeiro choro em uma sala de aula cheia. As dores no corpo se intensificam, a dificuldade para dormir surge devido ao pensamento acelerado. O problema? estresse. Mas, engraçado. Sinto que estou em meio a uma crise - aquela dos trinta ainda - e ao mesmo tempo, me sinto segura para enfrentá-la ou, melhor ainda, para vivê-la, passar por ela. Não gosto de dizer passar por ela, pois dá-me a impressão de que vou ignorá-la para que simplesmente "passe". Então, prefiro dizer que vou vivê-la: que vão surgir os cabelos brancos, as dores, os problemas de saúde, faz parte porque estamos vivos, é preciso sentir a vida. Estou viva, e saber disso, fortalece. Engraçado, eu disse, pois nunca fui pessoa das mais positivas. Estou começando a trilhar esse positivismo mas sempre com um pé na realidade, positividade consciente. Estou desbravando muitos caminhos em mim: positividade, vegetarianismo

PORK

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Surtou um dia. Não era mais sujeito. Surtou, dizem, mas não é como eu vejo o que aconteceu. A gota d’água foi ao sair numa sexta de manhã bem cedo para trabalhar e ver um caminhão carregado de animais parar na frente de um açougue. Viu o carregador descer com os pobres animais recém-abatidos, cortados da calda ao focinho, e entrar no açougue com os pobres carregados como qualquer carga, qualquer coisa. Estatelado com a cena, lembrou-se dos documentários que vira sobre o abate de animais, sobretudo de pobres porquinhos. Não eram animais livres, desde o nascimento eram mantidos enjaulados. Não comiam o que a natureza lhes proporcionou, era ração de engorda, alguns mau andavam por causa do rápido peso que ganhavam. Ao morrer, as piores torturas: choques, chutes, socos, tiros, sangramentos. Ah, como bacon cheira bem, não é? Ah, um torresmo, uma feijoada! Não! ... lembrou-se das reuniões em família que tinham se tornada para ele uma tortura depois que optara por ser vegetariano