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Mostrando postagens de julho, 2013

Sobre nós mesmos

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Desde quinta as coisas desencaminharam. Ontem, um alívio. Foram coisas pequenas, o bater das asas de uma borboleta que causa um tsunami. Na quinta-feira, acordei afobada, saímos rapidamente para médico às 10h. chegando lá, descobri que a consulta estava marcada para as 14h30. Mal acreditei, não costumo cometer esse tipo de erro. Preciso realmente de férias, pensei. Na sexta-feira, enviei duas resenhas encomendadas bem cedo e pedi pro husboy ficar de olho no e-mail e no face, já que eu ficaria o dia todo fora. Qualquer coisa, me avisar pelo cel. O dia todo não recebi nenhuma ligação, achei que estava tudo certo. Mas vi que estava com pouco dinheiro e liguei pra pedir mais uma graninha pro meu lanchinho da tarde. Em vão. Liguei 200 mil vezes, nada, só caixa postal. Liguei pro sogro, que me retornou. Expliquei que queria saber do namo. Logo depois, ele mesmo ligou dizendo que havia um recado da pessoa que pediu as resenhas dizendo que não tinha recebido, sendo que deveria ter recebido

Corpo, alma, espírito

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I'm too sexy for my shirt Too sexy for my shirt So sexy it hurts ( I'm too sexy - Right Said Fred) Ia escrever ontem sobre tanta coisa que nem sei mais. Trataria de feminismo. Sim, eu acompanho um blog feminista, gosto de estar informada, mas acho que ás vezes as pessoas são tão radicais... tenho medo de radicalismo, mas acho que sou radical em algumas áreas. pensei em falar de feminismo depois de ver uma imagem no FB com a madrasta da Rapunzel e a frase: "M vem antes de P e B; portanto antes de usar o peito e a bunda, use a mente, queridinha", ou algo do gênero. Acho que não devemos usar só corpo nem só a mente e acho mais que não tem nem como separar uma coisa da outra, tem é prioridades. Eu por exemplo nunca dei muita atenção ao meu corpo, e agora estou tendo que dar por causa do/a baby. Sei que provavelmente vou chegar à velhice enferrujada, com menos disposição do que terá uma pessoa que sempre cuidou do corpo. Somos conjunto, corpo, alma e espírit

Alice ou Dorothy?

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Quando Alice entrou no jardim, pensou em passar lá o tempo exato de seus estudos-devaneios: cinco anos, no máximo. Encontrou, porém, o coelho branco. Era pequeno e sedutor, tinha pressa. Alice foi atrás e mudou tantas vezes de tamanho que não mais se reconhecia. Tinha-se feito de pequena, de grande, tudo pelo coelho branco. Em vão. Começava a colecionar os ex. Depois de um mar de lágrimas, surge a lagarta, que nada lhe oferece a não ser mistério envolto na fumaça de seu narguilé. Era sedutora, mas tinha um amor distante e frio. Fez Alice mudar de tamanho algumas vezes também, confundindo-a em seus sentimentos e intenções. Ainda assim, guardou bom sentimento pela lagarta, envolta toda num mistério sem fim. Não conseguia ter raiva dela; ela lhe apontara caminhos, ainda que obscuros. Alice seguiu, mais um pra lista. depois surge o gato. Lindo, sedutor, sempre sorridente, parecia confiante mas nada confiável, o que Alice não percebeu num primeiro momento. Entregou-se e, antes que soub

Estados

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com a barriga no fogão, literalmente rs :) Anteontem fui a medica e tive que atualizar meu cartão de vacina. Tomei duas injeções, gripe suina e tétano. Fiquei preocupada, mas tudo bem. Meu braço está inchado e não sei qual das vacinas é. A doctor não marcou nova ultra porque precisa ver os exames de sangue, ainda não prontos. Vou pegá-los hoje se me deixarem, porque perdi o papel. Tenho sentido um pouco de enjoos e muita movimentação do/a bebê. Ele/a ganhou a primeira roupinha :) Meu pseudo-casamento está indo até bem, com papéis trocados, digamos: eu saio para trabalhar, ele fica em casa. Fico muito cansada, mas também tenho que fazer minha parte em casa. Nada está fácil, nem muito difícil. Ontem a noite mesmo conversávamos sobre família, contei um pouco da história da minha. De como nos mudávamos com frequência e pra mim, criança, tudo era festa, eu não tinha noção de que cada vez que a mudança ocorria era por causa de despejo. Comparando comigo hoje, minha família foi guerrei

Hoje é o dia

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Hoje é o dia,  eu quase posso tocar o silêncio... Hoje é um daqueles dias em que eu tive vontade de nem sair da cama. Mas a sociedade e a máquina capitalista não perdoam, esteja você do jeito que estiver, guarde as emoções e problemas numa caixinha, ponha a máscara e vá trabalhar. Acordei irritada, cansada, desanimada, vontade de dormir o dia todo. Não tenho dormido de todo mal; o baby desde ontem está mexendo muuuuito e o namorido ronca um bocado, mas isso não me atrapalha. O que tem me atrapalhado são preocupações e dores nas costas, pernas, oscilações de humor que imagino serem próprias da gravidez. Ou não, porque como já bati inúmeras vezes nessa tecla, meu humor sempre foi instável, mas não a ponto de tornar o dia a dia insuportável. Tem dias que na verdade, minha raiva torna-se insuportável pra mim mesma. Hoje a raiva está pouca, o que me mata é a melancolia, tristeza, cansaço. Aí eu começo a analisar minha vida pelo prisma mais negativo possível, e parece que os aconteci

O namorido

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FELICIDADE: EU E MINHA FAMÍLIA Bom, agora vivendo uma nova fase: ser Pai? ‘’Nossa, parabéns” é o que tenho ouvido, sei que é uma felicidade grande sim, vivendo do modo que podemos viver, aprendendo a conviver. Sei que temos que casar, e vamos mas quando? Quando nosso filho(a) nascer, não, um pouco antes disso... precisando trabalhar sim, muito, vivo o que sonhei para minha vida, minha casa, esposa, filho(a) mas tudo aconteceu assim muito rápido, medo, às vezes penso como vai ser daqui em diante, o mundo que está em plena mudança muito rápido, medo do aprendizado do meu filho(a), quero que estude desde pequeno em uma Escola cristã, como diz a Palavra, ensina seu Filho o caminho que tem que andar e ele nunca se desviará dele. Nós cometemos um erro diante de Deus, mas agora não tem que derramar lágrimas, temos que viver nossas vidas, cuidar do nosso filho(a) . O futuro a Deus pertence e a nossa história e do nosso filho(a), Deus dando sabedoria e saúde, as outras coisas conq

Saga

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Sempre detestei mostrar meu corpo, nunca fui de usar decotes ou roupas curtas, muitos menos mostrando barriga. Mas agora parece que a vontade de exibi-la é grande, não que eu queira mostrar sem a roupa por cima, porque não gosto de barriga de grávida. Sério. Tenho problemas com isso, nenhuma questão de vaidade mas acho estranho aquelas grávidas andando por ai com mini blusas, mostrando mesmo. Quero que vejam, que saibam, mas não quero me mostrar. Essa foto tirei em casa, só porque esse blog virou a história de my baby também. Meu umbigo sempre foi um buraco discreto, mas agora está bem aberto. A pele da barriga, principalmente abaixo do umbigo, está áspera e coça um bocado. Parei de usar o óleo de amêndoas porque ele estava causando ainda mais coceira. Meus seios aumentaram um pouco. Ele/a mexe mais à noite, quando estou deitada já. Agora essa semana começa uma nova saga para marcar novo ultrassom e nova consulta médica. Como eu já disse, estou sendo "devidamente" atendi

Como os nossos pais II - casa(ndo)

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Almoço de hoje, o primeiro na nossa casa nova :) Sempre gostei do tradicional: casar na igreja, preferencialmente com o mérito do branco. MAS... não foi isso que me ocorreu, pelo contrário. Não sei por que, mas agi contra meus princípios, ou princípios em que acredito, ainda que herdados dos meus pais. Transgredi tudo e acho que essa transgressão, ainda que errada e pecaminosa, me trouxe onde estou aqui. Não penso que de outra forma estaria melhor ou pior, apenas em outra situação, diferente. E cheguei em um nível de não-culpabilidade: não que eu ache que tudo está bem e erro/pecado/transgressão são coisas normais; peço perdão a Deus mas não mais com aquele peso hediondo de quase descer ao Hades na mesma hora. Sei que Ele é amor, e justiça também. Bom, minha transgressão atual foi morar com meu namorado sem termos nos casado ante os homens e Deus. E uma anterior foi engravidar. E uma anterior foi desvirg... desmerecer véu e grinalda com flores de laranjeira. Mas, enfim, foram

Como os nossos pais

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Ah, ao menos os exames benditos enfim foram marcados! E ele/a se faz presente agora, mexendo-se desde terça ou quarta, quando tive uma crise nervosa. Sua presença é extremamente sutil ainda, mas ele/a me avisa sempre que está aqui, que, apesar de todas as dificuldades, ele/a já existe e precisa de mim. Estou sendo repetitiva, seu sei. Mas escrever me faz ver que eu posso continuar. e devo, e que my baby está esperando uma atitude mais ativa da minha parte, coisa que nunca fui muito de ter. Estava me lembrando hoje das farras com amigos e, naquela época, tudo parecia mais fácil, mais encorajador porque eu estava em grupo. Não havia vergonha de beber, cair, pagar mico, chorar por decepções amorosas, levar foras, gastar dinheiro e não ter um tostão no fim do mês, sempre tinha o que beber, o que comer, dividia-se tudo... eu me lembro e realmente não sei como eu fazia com dinheiro, porque teve uma época que saía demais, tudo que é festa tava eu lá. E agora que realmente preciso de ca

Com o rei na barriga

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Naquele ano o leão não tinha rugido nenhuma vez mais. As rochas pelo caminho, obstáculos, mais pareciam pedrinhas. Tinha pedrinhas de nariz em pé, pedrinhas que mal a olhavam, pedrinhas que fingiam que ela era invisível e insignificante. De repente era tão fácil descartá-las! Ainda incomodavam um pouco, mas a dor não era mais presente, havia só um quê de tristeza e lamento. Chutá-las, pois. Ela, que agora tinha mesmo o rei na barriga, se desfazia das pedrinhas como quem não quer nada e querendo tudo. Ela, a deusa dona de sua vida, mesmo sentindo que vestia um manto um pouco pesado, um pouco apertado, um pouco afobado demais: a vida era assim. Ela sentia seu rei na barriga, talvez fosse uma princesinha e nada mais importava. Era egoísmo ou altruísmo importar-se só com seu rei na barriga? Lembrava-se da dor que na juventude toda suportara, a dor da rejeição, da agonia das paixões e amores nunca recíprocos. de repente havia seu rei, a pessoinha que nem nascera e já estava lá, sendo o

Help!

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Help, I need somebody help! The Beatles - Help Estou cheíssima de coisas a fazer e no entanto venho pro blog. Bom, no entanto não, por isso mesmo venho pro blog, como um escape. De repente me bateu uma tristeza porque provavelmente não terei um casamento tradicional e por já estar com um bebê a caminho. Sim, eu atropelei algumas fases, como venho fazendo desde 2008. Parece que o acontecido de 2008 desencadeou uma série de acontecimentos sobre os quais não tenho o menos controle; como efeito borboleta, o vento do bater das asas de 2008 ainda causa seus furacões na minha vida.  Está tudo muito difícil: tenho ainda minha vida acadêmica, tendo que cumprir prazos de trabalhos e provas e assistir as aulas que dá; tenho tentado estudar para um concurso cuja prova acontecerá neste próximo domingo, em BH; planejo minhas aulas, tenho que corrigir provas e trabalhos de meus (des)interessados alunos; tenho que manter meu namoro que nem sei mais o que é e logo moraremos juntos, o que p

Tudo normal

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Difícil se conformar em ter uma vida normal. Todo mundo de certa forma assim o deseja: família, amor, estabilidade financeira e emocional, viagens, encontros, nascimentos, enfim. Mas quem está assim, ou caminhando para isso, pisa em ovos. Dá medo. Dá medo de ter uma casinha quando a gente nem casou nem planejou nada; quando são os outros que decidem, quando vem um bebê. Não fiquei melhor, nem mais romântica, nem pior. Continuo com meus gostos de sempre, só estou, creio que, mais cautelosa, sobretudo em relação ao que como. E bate ansiedade também, queria ter uma gestação felina, dois meses e pronto, já teria my baby nos braços. Mas é preciso calma... Enquanto isso, minha vida vai tomando forma normal, tendo casa, trabalho, comida, baby e namorido. Ah, e gata também. Amém. :)