Saga


Sempre detestei mostrar meu corpo, nunca fui de usar decotes ou roupas curtas, muitos menos mostrando barriga. Mas agora parece que a vontade de exibi-la é grande, não que eu queira mostrar sem a roupa por cima, porque não gosto de barriga de grávida. Sério. Tenho problemas com isso, nenhuma questão de vaidade mas acho estranho aquelas grávidas andando por ai com mini blusas, mostrando mesmo. Quero que vejam, que saibam, mas não quero me mostrar. Essa foto tirei em casa, só porque esse blog virou a história de my baby também. Meu umbigo sempre foi um buraco discreto, mas agora está bem aberto. A pele da barriga, principalmente abaixo do umbigo, está áspera e coça um bocado. Parei de usar o óleo de amêndoas porque ele estava causando ainda mais coceira. Meus seios aumentaram um pouco. Ele/a mexe mais à noite, quando estou deitada já. Agora essa semana começa uma nova saga para marcar novo ultrassom e nova consulta médica. Como eu já disse, estou sendo "devidamente" atendida pelo SUS, então é tudo muito demorado, devagar, muita gente, não sei se há poucos médicos realmente ou má vontade. Por mim eu iria ao médico toda semana pra saber se está tudo bem, sempre digo às pessoas que sim, tudo bem, mas não tenho certeza absoluta.
Sinto que seja menino, não sei se por influência do namorido ou se é coisa minha mesmo, um pouco dos dois talvez. Sempre quis uma menina primeiro, mas sempre tive a sensação de que teria um menino. Hoje trabalhei de manhã e, ao passar pela praça que sempre atravesso, vi uma mamãe sentada em um banco com um lindo menino nos braços, não resisti e parei, perguntei idade, nome do baby, desejei a benção de Deus para o pequenino Enzo. Só me controlei para não pedir pra pegar porque eu era uma reles desconhecida né, ia ficar estranho, e o menino dormia tadinho, era capaz de abrir o berreiro se a mãe me desse ele. Mas toquei em sua mãozinha e, num gesto automático de quase todo bebezinho, ele segurou meu dedo, mesmo dormindo. Filhotes são lindos :)
Quanto à vida, está indo como dá. Namorido e eu temos nossas dificuldades financeiras, e Viçosa não está para peixe. Eu tenho meu trabalho, graças a Deus, mas ele ainda não conseguiu se estabelecer. está terminando seu curso técnico, inscrito no enem e em um concurso público que também pensei em fazer, mas não farei por questões financeiras mesmo. Talvez fosse mais fácil eu passar e ganhar vaga porque exige-se somente o ensino fundamental. Para os que tentei até hoje, sempre passo mas nunca dentro das vagas, esse é o problema. Por enquanto vamos nos virando com meu ordenado, que é pouco mas dá. Essa parte tá dificil. Tivemos uma dificuldade por aqui esses dias e até chorei de preocupação. Não dá pra ficar assim por muito tempo com um/a filho/a a caminho. temos tido bastante amparo da família dele, mas depender dos outros é complicado também. estou tentando um chá de bebê à distância com familiares meus que moram no Rio, enviei os dados, pedi ajuda, estou no aguardo.
Um/a filho/a mineiro/a. Essa questão da naturalidade não me incomoda muito, mas o ambiente me que ele vai crescer. Namorido e eu estamos morando em um bairro médio, na verdade eu diria pobre, mas meio misturado. Meninos ouvindo funk em suas caixinhas de som pela rua, jogando bola, soltando pipa. Carinhas mais velhos também soltando pipa e arrumando suas tretas. Drogas, som alto, discussões, brigas, enfim, um bairro normal. Tenho a sensação de ter voltado a morar lá em São Paulo, lugar parecido. Morei num bairro um pouco pior, digamos. A sensação que tenho agora não é má, é de tranquilidade. Estamos bem, dormindo bem, quarto distante das janelas que dão direto pra rua. Fizemos umas compras, estamos caminhando dentro do nosso possível. 
Meus pés estão doloridos, não posso dizer que estejam inchados, acho que é cedo mesmo porque a barriga nem pesa ainda, mas tenho sentido dores neles e nas costas. Vejo bebês por toda parte e imagino como será o meu; gestação é coisa demorada. Coisa que vem sem querer nada e toma conta de tudo. Amor :)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que é melhor

Hope in Hell