Hoje eu senti a força da gravidade mais intensa em cima de mim. Uma pressão, um mal estar. Há onze anos eu me senti assim e me levaram para o hospital. Na manhã seguinte, nasceu Lídia. Temos que dessa vez, aos 40, pela graça de Deus, não esteja grávida, mas em estado grave. A depressão talvez esteja cada vez mais se alojando em mim, encontrando espaços em meu DNA para não ser notada. Mas eu a noto. Eu a vejo. Não ignoro mais, não escondo mais. Olho em seus olhos e ela sabe que não vence a guerra, mas se deleita em me ver derrotada nas batalhas. É apenas como me sinto. Será que a mensagem da vizinha no grupo do whatsapp foi um gatilho? Essa palavra tá em alta né, gatilho. Eu não sinto gatilhos, mas os meus pedaços que as balas atingem sempre estão por aí. E eu dano a escrever, inutilmente. Só não é mais inútil porque é para mim e tenho que ter alguma autoestima, não? Eu faço, apenas. É como respirar, não posso evitar. Será que a minha gigantesca vontade de hiberna...
Deixo o café gelar no braço do sofá. Tomo um gole com o filme quase terminando. Não consegui as legendas em português, então deixei as em inglês mesmo. A palavra escrita é a minha praia. Meu marido me perguntou algumas vezes "o que ele disse, o que ele disse?" E eu não soube dizer, expliquei que o povo fala muito rápido e tals. Parte da verdade. A verdade é que eu vou passar perrengue quando chegar algum dia lá fora. É um medo. Não é preciso saber língua inglesa porcaria nenhuma para viajar, é preciso ter os meios para a viagem, ponto. E o filme, não que meu marido veja comigo, sempre vê partes. Nós somos estranhos em certos níveis e de certa maneira. Eu nunca falo de nós. E o filme era sobre um psicopata. Eu não quero nem saber porque gosto tanto de filmes com esse perfil psicológico. Saio para o gramado para dar uma volta com a cachorra, a filha vem junto. Nunca me achei assim competente para cuidar de tanta vida. Mas ainda quero recuperar minha competência trabalhista em...
♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎ O banqueiro anarquista, nome do conto que comecei a ler de Fernando Pessoa. Engraçado, Fernando... Tive um colega no ensino médio com esse nome, depois cismei que era do nome de quem eu deveria encontrar (influenciada pela música do ABBA) , encontrei um bastante estranho que só se comunicou comigo por mensagem, enfim... Não rolou mais nada com Fernando, até que topo com Pessoa. E , ao menos no início, me identifiquei com o banqueiro anarquista rsrsrs Pobre Premium. E música? Descobri Espresso, da Sabrina Carpenter e achei que era a Doja cat. Fui caçar a música em que o estilo e a voz de ambas era parecida, mas acabei achando uma feat da Doja com the weeknd chamada You right e, meu Deus, mais uma identificação: libra é voraz. Desde quando ligo para signos? Quando se fala de personalidade, desde sempre. E o clipe dessa música, aí aí, nem posso falar muito mais. Não posso falar mais da coisa que me é mais cara, o amor. De todas as suas manifestações, o sx é a que mais me ...
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