Pior que está... ficará?


Não sou constante, se decido no instante escrever, é isso que faço. Bom, comecemos novamente: Boa tarde! (12:21 agora). Faz tempo que não escrevo aqui. Fico dividida entre redes sociais, grupos, leituras e vídeos de novelas. Enfim. Outro dia uma amiga me perguntou porque eu não criava um blog, aí eu disse que já tinha um, e ela disse que ia acompanhar, então... caso ela venha aqui, não posso fazer feio! 

A profissão, já que ela toma tanto tempo e energia de minha pessoa, devo falar dela. Desgasta, desbasta, não basta salário ou qualquer outra coisa... Tenho procurado não ficar muito bitolada com essas questões, mas me afetam: o desrespeito à profissão, não só o externo, pior ainda o interno, o que vem de alunos extremamente sem noção do que seja educação como um todo. Pra não estressar, já que hoje é sexta e já dei minhas aulas, paro por aqui.

Há males que vêm pra bem (bem mais ou menos, né). O atual governo permite-nos descortinar a cara lavada e extrema ignorância de muita gente. Creio que o desmonte da educação de que tanto se fala tenha que ocorrer, quebrar o estado, demitir todo mundo, fechar escolas e faculdades, etc etc para que essas pessoas vejam a importância de tudo que nos será tirado. Talvez tenhamos mesmo que perder, mas não posso torcer ou contar 100% com isso, pois entraremos em um período semelhante à idade média, o que não me agrada em absoluto. E para tirar alguém do poder que impõe tal período a seu país, será quase impossível, ou possível com muito mais perdas. Vide Venezuela. 

Pior é.. bom, nada que esteja acontecendo atualmente é pior que isso ou aquilo, na verdade tudo está realmente ruim. Uma parente postou sua insatisfação com as manifestações do dia 15/05 e disse que universidade pública é pra filhinho de papai. Obviamente que fui obrigada a responder, já que tal lugar de privilégio não ocupo e jamais ocupei, mas ocupei com orgulho meu lugar devido em uma universidade federal. Não tenho orgulho de ser isso ou aquilo, mas detesto que pensem coisas erradas a meu respeito, principalmente a respeito da minha trajetória. Como as pessoas podem se enganar tanto, e acreditar no que o governo quer que acreditem. Aliás, esse governo tá pouco se lixando para o que achamos ou deixamos de achar, é impositivo e pronto, doa a quem doer. E olha que a dor tá só começando, galera... segura o tchan! 

Enfim, a gente sabia. A gente sabia que aquele parente pensava isso ou aquilo outro, a gente sabia que aquele vizinho era preconceituoso e tals, aquele amigo... mas nosso contexto atual está permitindo e diria até legalizando os preconceitos e tradições arcaicas de certas gentes. Eu tenho a minha fé, as minhas tradições. Quisera eu que todos acreditassem no que acredito e agissem como eu ajo, haveria plena harmonia! Mas não é assim que funciona, cada indivíduo é livre para fazer suas escolhas, sejam elas de que natureza forem. Sou contra muita coisa, pessoalmente. Mas tenho o dever de respeitar o outro, ao menos. Ao mesmo tempo em que vivemos em meio a uma liberdade muito grande de direitos, por outro lado vem uma onde de conservadorismo impositivo. E eu me sinto no meio, pois detesto os extremos. 

Mas talvez tenhamos que passar por isso. Só talvez. 



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