Os infelizes


Não basta crer, tem que particpar, ser cristão de verdade. Felizes aqueles que o são.

Infelizes aqueles que crêem e não conseguem praticar plenamente a fé; vêem-se muitas vezes nos apuros do mundo e de si mesmos porque todo ser humano é extremamente traiçoeiro consigo mesmo. Lutamos na verdade contra nós mesmos.

Infelizes aqueles que não amam e pensam amar, pensam ser cristãos, pensam ser bons. Passam a vida no oito ou oitenta: ou estão enclausurados ou na orgia, no Olimpo ou no Hades.

Infelizes os impuros. Aqueles que procuram manter um corpo e mente sãos, mas cedem a primeira tentação que aparece, remoendo-se depois sem rumo, sem saber o que fazer.

Infelizes os que tem sede de vingança. Que mal sabem cometer um crime e deixam digitais por todos os lados, e-mails maldosos, presentes de grego.

Infelizes os artistas, poetas, músicos, dramaturgos, cineastas, dançarinos, que sentem a dor do mundo, ao menos os que tem a alma vulnerável como porcelana. Tudo dói e tudo sofre.

Infelizes também os que amam e nunca são ou foram amados. porque se entregam sem reservas e caem em cima de espinhos, não de um coração aberto. Enganam-se, sofrem, e ainda são acusados de causar o próprio infortúnio.

Infelizes os extremistas exagerados, também amantes do oito ou oitenta, que nascem com defeito de fabricação: a falta de dosagem e equilibrio, ainda que sejam regidos por libra, ainda que marquem sempre a respostas b nos testes, ainda que se sintam normais e comuns no meio da multidão.

Infelizes os blogueiros, verdadeiros solitários e pouco lidos, salvo se já conhecidos na mídia ou em algum meio maior. Porque hoje tudo é net.

E quem disse que os opostos se atraem? Bye.

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