Identidades e amor, ou uma avalanche de coisas e sentimentos

Sentia-me em falta esse dias comigo mesma, por ter deixado de escrever aqui. Preciso escrever e é o que me move. Não estou em falta com meu público-alvo que, pelo que tenho percebido, não contabiliza mais do que 2 ou 3 pessoas, pelas estatísticas de visitações. Mas quem sabe, sempre valhe a pena escrever. Sempre acreditei - ou não, acho que isso é recente - que as pequenas coisas, os pequenos gestos sempre valem a pena. Difícil é aceitar que talvez a gente não veja resultado, mais dificil ainda é o fato de que talvez a gente nunca veja resultado algum, pelo menos não nessa vida terrena. E por que vale a pena, então? Sei lá... assim como o mal está dentro de nós, fazer o bem nas pequenas coisas nos faz um enorme bem. Como quando jogo papel na lixeira e não no chão, quando destroquei as tampas de duas lixeiras que estavam trocadas (reciclavel e não-reciclável), quando chego antes da hora na aula pra preparar tudo, quando chego atrasada e peço desculpas aos alunos, enfim, essas coisas bobas e essencias.

Ultimamente não estou conseguindo pagar as contas, mas é a lei da compensação. Há cerca de 3 semanas, tomei uma decisão... Bom, eu já tinha tomado a mesma umas milhares de vezes mentalmente antes, mas ai decidi falar com Ele mesmo, com Deus. Comuniquei-lhe que desistia de minha vida sentimental e entregava a partir daquele momento aos cuidados dEle, que fizesse o que bem entendesse, que fizesse o que fosse melhor pra mim. Ao mesmo tempo, temendo o foreveralonismo, dizia que queria alguém assim, assim e assado. Ah, a decisão, na verdade, foi voltar pra Igreja de fato e de coração, consequentemente deixando de baladar por aí. Isso nem foi o mais dificil... o problema todo foi ter a sensação de estar me enclausurando, saindo do planeta terra e da vida social, fatalmente caindo no ostracismo e solidão permanentes. Mas fui em frente, queria saber como seria estar só mesmo, de verdade, porque rolos eu tinha aos montes. Fui dispensando todos, até mesmo os que estavam, e de certa forma, ainda estão, enraizados no meu coração - tudo é processo, tempo...

Como eu dizia da escrita, nunca escrevi para alguém mas, fatalmente após me formar em letras, penso agora no público-alvo: se entenderão o que escrevo, as entrelinhas, os sentimentos, a ironia de algumas coisas... tenho sede de visitações e comentários e não desisti do meu livro - o sonho que eu tinha dito que vinha aí pra se realizar... só dei um tempo pra uma respirada... E a lei da compensação diz respeito à minha vida amorosa com a financeira. Foi sempre isso, sempre estive mais ou menos ou até bem nessa enquanto que ia mal naquela. Agora, tudo inverteu. Não vou discorrer muito sobre minha felic... meu estado novo de espírito. Ouvi dizer que somos felizes pra esfregar a felicidade na cara de quem não é, ricos pra se exibir diante dos pobres, e por ai vai... mas não. Duas coisas: não quero causar inveja ou sofrimento em ninguém e sinto uma certa hostilidade no ar, não sei... prefiro preservar as coisas, apesar de ter colocado tudo no face ...sempre sonhei em mudar o status de relacionamento rsrsrs

Mas que seja um saudável, do alto, mandado por Ele, abençoado por Ele, pra louvor dEle. E assim está sendo.

Meu cansaço vem da trabalheira dessa semana, nunca fui tão professora. Nunca pensei em construir essa identidade como tal, durante a graduação estava ainda na dúvida, mas agora sou. Sou professora e namorada, duas palavras que ainda soam estranhas quando pronuncio. É igualmente estranho dizer que dou aulas de inglês, mas às vezes é mais ameno. Igualmente estranho é dizer e saber que nos amamos já tanto, que fazemos já tantos planos, que talvez ficarei ainda em Viçosa por longo e indeterminado tempo, que o primogênito se chamará Davi, que talvez eu me forme uma segunda vez, que talvez faça mestrado, que talvez me case logo, que... ufa, muita coisa. Tudo tão intenso quanto nossos beijos e abraços.

Enfim. Amém. Bye! :)

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