De repente 35

A long long time ago
I can still remember how
That music used to make me smile
And I knew if I had my chance
That I could make those people dance
And maybe they'd be happy for a while


Don McLean, "American Pie"

20 de outubro, finally! E eu como sempre fiquei na expectativa de algo acontecer no meu dia; conseguimos fazer uma pequena comemoração em casa mesmo com coxinhas, bolo indiano e balões cor de rosa. 

Bom, o que dizer dos trinta e cinco? Não sei. É estranho, pois a cabeça realmente não muda. Claro que os pensamentos e opiniões evoluem, amadurecem com a aquisição de experiência e conhecimento, mas pelo menos eu sinto que sou a mesma, como se a adolescência tivesse sido vivida ontem. Mas olho em volta e vejo como muita coisa mudou. 

Eu ainda não tenho cabelos brancos, mas certas dores se desenvolveram e intensificaram mais recentemente. Fiz fisioterapia em setembro, e ainda preciso voltar para mais sessões por causa da epicondilite e da espondilolistese. Cotovelo e coluna. 

Eu não tenho tantas marcas no rosto, me visto como sempre, mas não estou usando tanto jeans quanto antes, uma porque só tenho um jeans, outra porque o conforto tem vindo na frente de qualquer coisa pra mim. Enfim.

Tinha muita coisa a dizer, mas comecei a ver o casamento de Linda e Drew (pra quem assiste ou já assistiu "irmãos à obra" vai saber de quem se trata, senão, clique aqui) e comecei a pensar nas celebrações que tive na minha vida. Tenho feito o esforço de ser grata por todas elas, os anos que passaram de vida, se houve ou não celebração. Eu gostaria que meu casamento, aniversários, nascimento da minha filha e outras ocasiões tivessem sido melhor produzidos, porém, ainda não chegamos "lá". Ainda não é o final feliz. Mas que final seria esse, o final da vida? Terei que esperar até lá pra começar a curtir, a aproveitar o fruto do trabalho? Não gosto dessa ideia, mas se for parar para analisar, tudo na minha vida é meio demorado mesmo para acontecer, se comparar. Comparar-se com os outros não é legal, mas nem é questão de se comparar, a questão é a ideia que se tem na mente sobre o que seria bom fazer nessa ou naquela ocasião, e por que tanta gente usufrui da vida agora, já e eu e muitas outras pessoas temos que esperar, e muitas outras nunca vão alcançar. Por que?...

A vida é movimento. 

Eu nunca entendi bem a emoção e comoção que um casamento causa, até me casar. Fiquei daquele jeitinho, os nervos, a emoção, quase chorei. E fico feliz sempre que vou a um, é um rito extremamente importante para a espécie humana, não importa o quanto as sociedades tenham mudado ao longo do tempo. 

A vida é instrumento de Deus.

Os aniversários na vida adulta são feitos para reflexão e tomada de decisões profissionais, pessoais, etc. Estou nessa constante, sobretudo final de ano que também tem essa vibe. Gosto do fim e do início de ano, mas os recomeços é que são sempre difíceis. 

A vida é recomeço, ajuste e desajuste, maré alta, maré baixa, dança das cadeiras; bela e (in)justa. Vivamos, pois! 

Bye! 

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