Lídia's birthday


O ciclo quase completo.
35 anos.
5 anos.
Falta ele.
Outubro.
Novembro.
Dezembro.

Cheguei na idade-limite da fertilidade feminina - será?
Cheguei na idade de ter tudo e estar satisfeita. Ou ter nada.
Cheguei na idade em que se tem o primeiro ou mais filhos.
Cheguei na idade em que se desiste... ou se insiste em coisas.
Cheguei na idade de compreender profundamente - ou nem tanto - a solidão.
A saudade.
O arrependimento.
O remorço.
E aceitar tudo. Ou nada.

Ela, ah ela. Nem nada viveu.
Chegou na idade entre bebê e criança.
Chegou na idade de ser chamada de kid, não mais toddler.
Eu ainda a chamo de bebê; às vezes ela aceita, às vezes não.
Vivo cada aniversário dela pensando que é um ano mais perto de sua independência.
Um ano mais perto de ter que lhe dizer adeus.
Que um dia ela me dirá. Um dia não terá tempo pra me ligar, nem pra contar suas coisas.
Um dia...

E eu cheguei na idade de viver nessa ansiedade absurda, ao invés de degustar o presente com ela.
O presente que é ela.
O presente que é a vida, de um jeito ou outro.

E ele. No words.

Feliz aniversário, minha estrelinha mais brilhante. The only one.

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