O fazer da vida


Gostaria de levar esse blog mais a sério, mas aparentemente, eu não devo levar minha habilidade para a escrita muito a sério. Estou entrando cada vez mais no mundo virtual, isto é, nas redes sociais de diversão rápida e aparentemente barata. Não, não é dark web, são aplicativos de vídeo. Como eu não sei se posso citá-los aqui sem pagar por direitos, vou me limitar a dizer que são viciantes e desastrosos para a vida real. A ideia de morara mais próxima à natureza está ficando muito forte em mim conforme o tempo passa. estou chata. Não quero pegar aulas particulares, apesar de precisar de mais capital. Estou com aquele recorrente sensação de não estra fazendo tudo que deveria e poderia fazer na vida. Tudo é muito, ou muito pouco. E quando preciso ficar longe, fico pensando demais então esse blog é o espaço que preciso pois, apesar do branco da falta de comentários e atenção, é exatamente disso que preciso, quando é disso que reclamo. Paradox, I know. Eu tenho medo da atenção que se dispensa às pessoas em redes sociais, pois podem ser extremamente agressivas, podem ser brandas, podem ser nada. É estranho, queremos mostrar talento, nosso trabalho, alguma habilidade, mas não queremos as opiniões. Queremos viver a vida, mostrar nossa felicidade, é como os álbuns de família, fazemos o álbum com carinho, escolhemos as melhores fotos, e ao mostrarmos para alguém, estamos sujeitos à crítica, mesmo sem desejar, sem querer. Estamos sujeitos a tanta coisa nesse mundo, tão vulneráveis e ao mesmo tempo, tão resistentes. Queremos o bem, o bom, positividade, críticas positivas, mas acredito que precisamos também das negativas, só que ser negativo não necessariamente significa destruir ou ofender o outro. Precisamos aprender a fazer críticas, e também aceitá-las. Aprender que ao expor qualquer coisa, ainda que faça parte do trabalho, traz reações de outros que nem sempre ou quase sempre não esperamos. 

Eu sinto falta de algumas pessoas do passado, mas já não olho para trás com o mesmo saudosismo. A gente muda tanto, minha mente vem mudando tanto, entendendo o mundo e tanta coisa. Mindset, mindfullness. Preciso aceitar que abandonei pessoas e que pessoa sem abandonaram e, conhecendo meus motivos, posso tentar entender os delas.  

Eu queria que as pessoas soubessem, sabe. Só soubessem, só me soubessem e que eu pudesse ter mais acesso, mais alegria, mais viagens, menos dependência do dinheiro. Será que fui eu que criei essa dependência ou ela é fruto do nosso sistema capitalista? Both, maybe and more probably. Queria que o inglês tivesse me levado mais longe, ou será que eu teria (tenho) que fazer um pouco mais, lutar ainda mais? Então vem a escola pública e acaba nos absorvendo totalmente, e ainda vejo colegas trabalhando em outras escolas e em outras coisas, empreendendo. enfim. Daí eu volto ao ponto anterior, vejo os outros fazendo tanto, me pergunto se estou fazendo pouco do que poderia fazer da minha vida. 

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