The Bold Type


Recentemente descobri a série The Bold Type, uma promessa de história fresca, jovem, moderna, com questões concernentes ao mundo feminino. Mas novidade não é, imagino que outras séries (pois não sei com certeza) e outros filmes (isso sei!) já pisaram nesse terreno. 

As três protagonistas são amigas, cada uma com um perfil diferente, vivendo seus dilemas específicos, como qualquer outra. Mas algumas coisas tem me incomodado na série. Questão de opinião pessoal, de tradicionalismo, de preconceito? Sinceramente, pode ser tudo isso junto. But, that's me!

A primeira coisa é como vivem as protagonistas, sem se preocupar profundamente com questões ambientais, as quais tem me chamado a atenção ultimamente. A série é de 2019, o que só descobri agora no inicio da terceira temporada, quando foi dito em um diálogo, então por que elas não questionam o que comem, o que vestem - talvez porque trabalhem em uma revista de moda? - seu estilo de vida, enfim, o impacto de nossas ações no mundo atual para termos um futuro? 

Outra coisa são os relacionamentos. Jane, uma das garotas, questiona por que não pode querer só uma pessoa para se relacionar, por que não pode querer amor? A ordem das coisas se inverteu, então, a propósito de favorecer o que sempre foi marginalizado, isto é, relações abertas e /ou múltiplas. Mas com a inversão, me parece que o que era de poucos, se torna o padrão e oprime da mesma maneira. Não importa qual seja o padrão, é sempre opressor, seja liberdade total, seja tradição extrema. Eu voto pelo equilíbrio, mas é aquela coisa, cada um encontra o seu. E aquela coisa de ficar contando as aventuras sexuais, como se fosse algo anormal ser virgem ou não fazer um aborto. A ideia de fazer whatever you want com seu corpo me parece tão estranha quanto alguém fazer o que quiser com o corpo de outrem, isto é, entendo o corpo como algo a ser respeitado até e tanto mais pelo próprio owner, e nem tudo que se faz me parece respeito. Porém o respeito diz respeito também, com perdão da repetição,  ao que cada um decide fazer. 

As protagonistas estão sempre com muuuuita maquiagem. Sempre. Claro, são atrizes e tals, mas acho que podia ser mais leve...

Bom, acho que falei do principal. Tem algumas outras coisinhas, detalhes, como o fato de tudo parecer superficial e fácil para elas, todo mundo vivendo em NY, muito bem na vida, enfim, eu devo continuar escrevendo sobre essa série em outros momentos. Este deve ser mesmo o ponto da série, mostrar que não é tudo isso, ou não é só isso que se trata ser mulher, jovem ou velha, enfim. O mundo é complexo, e de fato é. Tomara que essa seja a mensagem, e não algo como "faça o que quiser, só não acredite em Deus, seja virgem ou tenha filhos!".

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