A primeira regra é


Entre poemas e cartas, lembrei-me do passado, apesar de querer superá-lo. Creio tê-lo feito, porém eu achava, em minha eterna ingenuidade, que esqueceria as coisas todas. As imagens e lembranças talvez foram transformadas com o passar do tempo. Floreio muita coisa, sei. Mas os sentimentos são os mesmos, talvez até maiores, melhores - ou serão piores?

O caso é que a mente viaja no que a gente alimenta e incentiva nela. 

O filme Clube da Luta é uma baita viagem! A princípio, filme feito para quem tem muita testosterona. Contudo, surpreendentemente, tem uma virada maluca, mas que faz todo sentido e não faz, ao mesmo tempo. 

Filme de 1999 ao qual eu não havia assistido até hoje por achar que era só mais um de lutinha (vide o nome!). Não que eu tenho algo contra os filmes de ação/lutinha: cresci cercada de meu pai e dois irmãos. Minha mãe não era de filmes, vivia atarefada com o lar, minha irmã morou "fora" por um tempo. Sobrava-me as companhias masculinas, e por isso, assisti aos filmes de Stallone, Schwarzenegger, Van Dame e todos esses aí. Eu amo o ex governador da Califórnia! Mas Clube da Luta é diferente, bem diferente, de um jeito que eu não esperava. 

A "mocinha" (porque sempre tem uma, ainda que torta) lembrou-me muito a Betty Boop. Creio ser a mesma atriz que fez a rainha má de Alice, o filme em que havia a rainha branca Anne Hataway. Que atriz extraordinária, a Anne. Daí me lembro do filme mais recente dela a que assisti: Uma ideia de você. Maravilhoso, sensacional, sensual, gostoso em vários sentidos hahahaha.

Estou libidinosa, ou liberta por fim e ultimamente. 

Comentei com meu marido dia desses que a minha infância foi estendida, a adolescência, tardia. Ele, jogando seu vídeo game de futebol, pareceu não entender, ou não dar bola. Pois eu vivi uma infância estendida até uns vinte e poucos anos. Totalmente alheia e ingênua do mundo que me comeu, mastigou, cuspiu. Nessa, veio a adolescência tardia, "aprontei" já maior de idade, com "permissão" legal. Muita coisa foi boa, nem tudo foi legal, mas foi necessário e valeu. 

Agora, aos quarenta, pareço finalmente estar adulta: pagando boleto, comprando imóvel, fazendo dívidas e - que os anjos digam amém - mudando de carreira. 

Fora da pista, tenho certezas: hoje só me casaria no cartório, ou ia simplesmente morar junto, faria FUVEST, moraria sozinha um tempo, namoraria bastante e muito mais, pois antes eu nem sabia como agir e enfiei muitas vezes os pés pelas mãos. 

Eita, ele de novo! O passado! Mestre grandioso, mas parece que fica voltando em minha mente, querendo me ensinar algo de novo quando não pode, pois sua hora já foi. 

Eu tenho dificuldade com o futuro, pois é o desconhecido. Estou me repetindo, não? Parece que já escrevi isso. Déjàvù ...

Boa noite. 

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