Os compromissos

Estou com alguma disforia do tempo, descronologia, sei lá. Muita lembrança vem a minha mente como se tivesse acontecido há pouco, mas quando vou verificar datas, se passaram anos. Minha filha tem dez anos e parece que era um bebê outro dia. A maior parte das lembranças vem de antes dela e eu tratando tudo como se fosse ontem. Como se fosse fácil se retratar, recomeçar. Se qualquer coisa depender de eu me desculpar, então nada se resolve. Só na minha cabeça as vezes estou em dois mil e sei lá quanto, em determinada situação, com determinada pessoa, e agindo diferente. Me julgando e condenando pela milionésima vez. Estava relendo o livro Os quatro Compromissos e lá estava isso, a nossa mania de passar pelo julgamento mental mil vezes e nunca nos absolver ou perdoar de fato. Eu sou muito assim!

Setembro é amarelo e o sol está se pondo laranja em Belo Horizonte todos os dias. Da até pra olhar para ele, é assustador. Uma névoa quente cobra a cidade e nada de chuva. Minha garganta está seca, uma preguiça e desânimo tão grandes que dou graças a Deus por estar em casa. Amanhã é pay day, finalmente. Detesto viver nessa ansiedade do dia do pagamento e logo depois perceber que tudo já foi embora... Não sou CLT, mas dá no mesmo... Capitalismo é uma shit mesmo. 

O planeta está superaquecendo e agora está bem palpável isso, bastante perceptível. Já já o planeta dá um reset na gente, sobra alguns para recomeçar. A gente que se lasque. E vamos nos lascar mesmo. 

Eu vou falar - se conseguir! - no insta sobre esse setembro amarelo. Perceber que praticamente não tenho saúde mental me afunda mais. Achei que casando... É, achei. Bye. 

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