Os mistérios que há

Rita, Camilo e Vilela.

Foram duas partes bastante distintas do meu dia: primeiro na igreja onde sei que Ele me viu e falou comigo. Novamente aquela sensação de que eu tinha que estar lá, hoje, de manhã, exatamente na hora mesmo que cheguei, atrasada. E odeio atrasos, mas ultimamente pra ir a certos lugares, não tenho pressa. Nem pra encontrar certas pessoas. 

Depois a decisão de almoçar na rua mesmo, e depois vir a UFV acessar a net... ai resolvi fazer hora porque o laboratório de informática ainda não abrira. Fui à livraria e me deparei com um livrinho fino com alguns contos de Machado de Assis. Abri o livro. O nome dele estava lá, não o de Machado, mas o dele, dele ainda. Não resisti, comprei o livro.

Era uma história trágica em trio: C, R e V. V casado com R, que tem um caso com C. V aniquila os dois. Tudo que senti sabendo deles juntos voltou nas partes em que se narrava o amor dos dois. Tudo que eu queria ou pretendia na minha ilusão fazer, V o fez por mim. Pensei em abrir o (segundo) texto de hoje com uma pergunta, você já pensou seriamente em matar alguém, a ponto de elaborar os primeiros passos do ato? Assustaria, mas já estou assustando com essa minha resposta afirmativa... não sei o que há. Sinto o mal fervilhando e o bem querendo ainda prevalecer e... incrível luta e nunca a senti tão forte.

Tem muitos mistérios... os mistérios que existem em maior número do que supõe nossa vã filosofia. Não sei o que será, mas não consigo esquecer, simplesmente não consigo esquecer, passar a página. Parece tão injusto eu perdoar e deixar pra lá, porque eu não fiquei bem em tudo isso. Estou bem agora, posso dizer, mas com as marcas do que foi ainda visíveis. Diria até que algumas ainda sangram, feridas. 

E tem as decisões, as muitas decisões que se precisa tomar (precisa?) baseadas nas milhares de opções que vida e pessoas nos dão ou nos obrigam: eu estaria ainda com ele, no passado, se pudesse. Eu estaria ainda com a minha cabeça fresca e crente e inocente de tudo. Eu me apaixonaria de novo, agora, nesse momento, com a mesma intensidade, se isso fosse tipo um botão turn on/off. Bom né?. Mas aí não seria a vida. Eu não estaria fria e distante e má, se pudesse. Acontece que posso, mas há o mistério, uma força; há o algo inexplicável que faz a gente fazer as coisas do jeito mesmo que fazemos. E faz as coisas acontecerem do jeito que elas acontecem mesmo; efeito borboleta, destino, A cartomante. Whatever. Bye...


Comentários

Felippe Carotta disse…
Olá, moça!

Fiquei extremamente feliz com a sua visita ao meu blog. Os elogios que fez às minhas crônicas me abraçaram e, sem dúvidas, me senti acolhido, já que as palavras acabam sendo extensões de nós mesmos. Então, sempre que quiser, me visite: o blog sou eu, de alguma forma.

Quanto a sua página, bom, a escrita é brilhante. Também gostei muito! Espero que a gente se esbarre por aí, mesmo que em palavras.

Um grande abraço,

Felippe

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