Associações malucas e Origens


"Everybody loves your life, but you"

(Robbie Williams - Advertising Space)

Hoje não tirei o pijama o dia todo, ouvindo rock, postando pedaços de músicas que expressavam meu estado de espírito (de porco, pra variar). Aliás, nasci pra ser porco - não porca. Assim como na atual versão da Malhação, que já vai acabar, conectados, faço associações malucas com números e nomes. No meu caso, nasci no ano do porco no calendário chinês, animal que é símbolo do meu querido Palmeiras. Amo a cor verde. Toda vez que tem sorteio para alguma festa no Sítio das Palmeiras, aqui em Viçosa, eu ganho, fato. Não sei, o universo está realmente conectado. 

Conheci um holandês com quem comentei ter assistido o filme Colombiana. Ele me presenteou com um cartaz do filme, foi embora para seu país. Logo depois conheço um colombiano. Fate? maybe...

Nasci no dia nacional da poesia, 20 de outubro. Descobri isso recentemente. Eu sou poeta e realmente não aprendi a amar, como disse a Cássia Eller. 

Eu saí daquele site de relacionamento que me trouxe o colombiano. Eu quase saí do facebook, mas mantive-o. Quase não olho orkut e raramente twitter. Msn entra automaticamente no meu note. Eu gostaria de trabalhar online, mas é bom poder ver a vida lá fora, a vida real. O holandês me mandou um email, disse que voltou à vida real. Foi apenas um sonho, ao menos para mim. Um filme também que quero ver.

Never forget where you came from... esssa crise pela qual estou passando começou ontem quando li o mail dele. Do holandês. Logo no "Oi moça" eu desabei. Cried a river. Aí então eu comecei a pensar em tudo, como sempre acontece. Mas agora nesse preciso momento, ao procurar o trailer de Colombiana, é que estou a lembrar de minhas origens. Eu nasci num lar cristão, evangélico. Eu tinha amor pela igreja, por estar lá, por ter aquela comunhão com todos, apesar de eu ser o bichinho do mato excluído. Mas de alguma forma eu estava integrada à igreja. De repente, perdi isso. O que me fez perder isso, esse amor, essa vontade de estar lá, de obedecer, de fazer tudo que mandava o figurino? De repente sinto essa vontade de novo quase me consumindo a alma, e então brigo dentro de mim, um "mim" agora que não respeita mais essa vontade, esse amor por Cristo, pela igreja, por Ele. Um "mim" que se sabota, que se propõe a reconciliação com seus valores morais e sai pra balada, e para camas alheias, e para lugares tão distantes desses velhos valores, desse amor, desse primeiro amor. 

Sim, eu quero voltar. Eu não sei como - sei, na verdade - mas preciso. Sinto fortemente essa necessidade. Mas sinto também necessidade de parar tudo e pensar, traçar um plano. Páro tudo e penso como ás vezes ou sempre meu discurso é reles reprodução do que já me falaram. Ou não? Aí penso se essa é realmente a minha opinião sobre tal e tal assunto. Todos nós fazemos isso, reproduzimos discursos alheios de fato porque torna-se a nossa opinião. E aí impera uma dúvida: eu era o antes ou o agora? Os dois, meu bem. Só mudei, mudei, só isso. E sou a mesma ainda. O mais difícil é encontrar forças para mudar ainda mais uma vez. Uma vez mais. 

Não quero curtir o momento, não sou assim. Não sou vida louca, é muita treta, é nóis. Não. Eu me habituei a isso. Não que seja ruim, realmente é legal, divertido sair com amigos, beber, beijar, etc, mas se é isso que preenche a minha vida, vou precisar disso todo dia. E isso não é possível. Não quero precisar disso. Preciso sim dos amigos, família, trabalho, diversão. Mas vamos com calma. Prioridades.

Hoje soube que Natália Klein está namorando. Tenho uma amiga que também está, aos trancos e barrancos. Outra que também está, e bem. Outro que teve um namoro fast, tipo fast food mesmo. Outra que namora há um bom tempo. Outra que parece não se preocupar com isso. Pela primeira vez, não me abalo. Só não quero ver nada, porque a felicidade a dois deve ser partilhada a dois, mas casais adoram se exibir, para a infelicidade de quem está foreveralone. Não, não quero pensar assim nem pensar nisso por hora. Aconselharam-me a ficar sozinha. Eu disse que não consigo, mas hei de conseguir. Porque quando estou só, tenho que me encarar, e tenho medo de mim. Tenho que encarar Ele também, medo. Medo de tudo. Preciso do externo, do empurrão pra ir pra frente, mas agora me vejo sem isso, tendo que ir pra frente ou andar cada vez mais pra trás por mim mesma. Aí eu choro porque acho tudo tão injusto e me vejo tão fraca, tão sensível. Não precisa muita coisa pra me fazer chorar ou sofrer. Sou daquelas almas sensíveis que parecem uma ferida eternamente aberta. Totalmente vulnerável. 

stop
a vida parou
ou foi o automóvel?

Drummond, ponto final. 

Comentários

Francy disse…
Texto excelente, Rebeca! Dizem que falar ajuda a aliviar dores emocionais, acho que a escrita tem esse poder de forma ampliada...Quem cala nem sempre consente, escreve!

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